Categoria Economia  Noticia Atualizada em 29-06-2011

Desaceleração dos investimentos elevam superávit primário
A desaceleração dos investimentos e o aumento na arrecadação fizeram o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrar esforço fiscal maior em maio na comparação com o ano passado.
Desaceleração dos investimentos elevam superávit primário
Foto: www.economiasc.com.br

A desaceleração dos investimentos e o aumento na arrecadação fizeram o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrar esforço fiscal maior em maio na comparação com o ano passado. Segundo dados divulgados há pouco pelo Tesouro Nacional, o superávit primário - economia de recursos para pagar os juros da dívida pública - somou R$ 4,12 bilhões no mês passado.

Esse é o terceiro melhor resultado da história para o mês, só perdendo para maio de 2008 e de 2007, quando o superávit totalizou R$ 5,55 bilhões. Em maio do ano passado, o Governo Central havia registrado déficit primário de 505 milhões. Em abril, o esforço fiscal chegou a R$ 15,55 bilhões, mas a queda de um mês para outro foi influenciada por receitas típicas de abril, como o pagamento do Imposto de Renda Pessoa Física.

De janeiro a maio, o superávit primário soma R$ 45,45 bilhões, crescimento de 87% em relação aos cinco primeiros meses do ano passado, quando o esforço fiscal somou R$ 24,23 bilhões.

De acordo com o Tesouro Nacional, os principais fatores que contribuíram para a elevação do superávit primário em 2011 foram o crescimento das despesas em menor ritmo que as receitas. No acumulado do ano, a receita líquida aumentou 15,9%, enquanto as despesas subiram 9,1%.

A desaceleração das despesas foi puxada pelos investimentos, que totalizaram R$ 16,87 bilhões de janeiro a maio, valor apenas 1,1% maior que no mesmo período de 2010. O crescimento acumulado era de 25% até fevereiro, 9% até março e 5% até abril.

Os gastos de custeio (manutenção da máquina pública) somaram R$ 53,92 bilhões nos cinco primeiros meses de 2011, alta de 6,5%. As despesas com o pagamento do funcionalismo, no entanto, cresceram em ritmo maior: 11,2%.

Apesar da desaceleração dos investimentos, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) continuaram a aumentar. De janeiro a maio, os gastos do PAC somaram R$ 9,8 bilhões, alta de 37% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Fonte: www.economiasc.com.br
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir