Categoria Pop & Art  Noticia Atualizada em 30-06-2011

Colecionadores gastam até R$ 20 mil em bonecos de Transformers
Dono de mais de mil peças, fã já pagou US$ 1,5 mil em um só brinquedo. "Todo mês compro um lote de itens que me interessa", diz.
Colecionadores gastam até R$ 20 mil em bonecos de Transformers
Foto: g1

A primeira vez em que Ricardo Oliveira viu uma miniatura de Transformers foi em 1986, numa loja de brinquedos da Vila Nova Conceição, em São Paulo. Com 8 cm de altura, moldado em plástico vermelho-sangue adesivado, o Robocar Carrera (também conhecido como "Cliffjumper") foi sua primeira aquisição, presente do pai. Desde então, a coleção cresceu. Hoje, aos 34 anos, Oliveira acumula mais de mil peças, todas preservadas como relíquias dentro de suas embalagens originais, em prateleiras de casa.

Com o lançamento do filme "Transformers – O lado oculto da Lua" na próxima sexta-feira (1º), o apetite do colecionador volta a se aguçar. "Já comprei algumas coisas dessa nova série", diz Oliveira. "E com certeza vou à pré-estreia. Tomar um chope e depois curtir a sessão. Entre os fãs é dividido, há uma metade que ama e outra que odeia as adaptações, reclama do design diferente dos robôs. Mas eu gosto, achei certo deixá-los com essa cara bem alienígena."

Funcionário público no setor de mastologia do Hospital São Paulo, ele afirma que perdeu a conta do dinheiro que já gastou nos bonecos. Prefere não estimar. Conta, porém, que chegou a economizar por quatro anos para comprar uma única peça, a mais valiosa de sua coleção: o Grand Maximus, em que pagou mais de US$ 1,5 mil. O robô tem 60 cm de altura e se transforma em uma cidade, que serve de base para encaixar outros bonecos. Comprou há um ano e meio, pelo eBay, de um colecionador de Hong Kong.

"Há outras séries de robôs, mas o que me atraiu em Transformers foi o fato de eles serem vivos mesmo. Além de se transformarem, cada um tem sua personalidade, o que os torna mais interessantes", diz.

Foi em 2002 que gastou mais tempo e dinheiro na coleção, em busca de itens raros, indisponíveis no Brasil. Os brinquedos chegaram ao país nos anos 1980, comercializados com outros nomes pela Estrela, e ainda são vendidos por aqui, agora pela Hasbro. "Todo mês compro um lote de itens que me interessa, sempre pela internet ou com colegas." Ele participa de encontros regulares com outros colecionadores, em que aproveita para fazer as novas aquisições.

Do guarda-roupas para o shopping
O analista de sistemas Celso Kitamura, 27 anos, faz parte dessas mesmas reuniões de entusiastas. Sua coleção é menor que a de Oliveira, com cerca de 300 peças, o que não significa que ele tenha investido pouco dinheiro... Pelo menos R$ 20 mil desde que começou, também no fim dos anos 1980, garante.

"De vez em quando eu abro as caixas, dou uma olhada neles. Transformo, deixo um tempinho em cima da mesa, e depois guardo de novo. Mantenho nas caixas para proteger da poeira e do sol. Tenho um guarda-roupa abarrotado, e ainda tem coisas que não cabem lá dentro", revela Kitamura, que, a partir desta quinta-feira (30), vai deixar os bonecos por "tempo recorde" fora da caixa, durante uma exposição realizada em shopping de São Paulo.

Seu personagem favorito é o carismático Bumblebee, presente nos três filmes dirigidos por Michael Bay. "Acho que gosto de ‘Transformers’ por causa do meu interesse por ficção científica em geral. E eles juntam dois assuntos legais para qualquer homem: robôs e carros", defende.

Casado há um ano e meio, Kitamura diz que sua esposa não reclama do espaço que as suas três centenas de bonecos ocupam em casa. "Quando começamos a namorar ela já sabia da minha coleção. Estranhar ela estranha, mas entende. Até agora não reclamou. Não sei daqui a um tempo..."

Fonte: g1
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir