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Estados do Sul querem campanha contra gripe A específica para região

Estados do sul propõem vacinação para jovens até 20 ano
Estados do Sul querem campanha contra gripe A específica para região

Foto: Bom Dia Brasil

Bibiana Dionísio

Após dois dias de reunião, técnicos da Vigilância Sanitária em Saúde do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná elaboraram uma série de propostas para mudar a campanha contra a gripe A, no Sul do país. O encontro foi na terça-feira (28) e na quarta-feira (29), em Porto Alegre (RS) e o relatório com as propostas solicitando as alterações deve ser encaminhada para o Ministério da Saúde nos próximos dias.

O entendimento dos técnicos é de que a região, desde que houve a pandemia da doença no país, foi responsável por uma quantidade significativa de casos. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2009, foram 46.100 casos graves em todo o país e 2.051 mortes.

No ano seguinte, o número passou para 801 casos graves e 104 óbitos. Apenas no Paraná, em 2009, conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde, foram quase 300 mortes. Em 2010, foram 16. Neste ano, apenas o Rio Grande do Sul registrou casos. Foram 20 confirmados, seis mortes e 349 suspeitas.

Entre as sugestões do grupo de técnicos está a antecipação da campanha de vacinação, que normalmente final de abril e início de maio, para março. "As nossas doenças respiratória já aumentam no início em março", afirmou Mirian Woiski, chefe do departamento de Vigilância e Controle de Agravos Estratégicos, da Secretaria de Estado de Saúde do Paraná.

Segundo Woiski, o aumento é ainda mais acentuado na região Sul do estado, onde faz mais frio. A possibilidade de se fazer uma campanha apenas para a região Sul estará no relatório.

Há também a proposta de se ampliar, a partir de 2012, os grupos alvos da campanha de vacinação para atender os jovens de dois a 20 anos. Além disso, os estados pedem mais interação entre o Ministério da Saúde e as unidades federativas para as metas de vacinação das pessoas que trabalham na área de saúde dos doentes crônicos.

Na avaliação de Miriam Woiski, a quantidade de doentes crônicos foi subestimada. "Não sabemos quantos são em cada estado", complementou.

O grupo vai sugerir ainda que o antiviral fosfato de oseltamivir possa ser prescrito para todo caso de síndrome gripal, que o médico entender necessário. Mirian explicou, em entrevista ao G1, que atualmente o medicamento está disponível nas unidades de saúde e só pode ser indicado para pacientes que apresentam síndrome respiratória aguda grave e para pacientes com fatores de risco.

Outra proposta diz respeito ao diagnóstico. A ideia é que seja fornecido um kit capaz de identificar 12 vírus e cinco bactérias. A medida, segundo os técnicos, ampliaria o diagnóstico laboratorial para identificar a circulação de outros agentes, o que permitiria a adoção de medidas de controle e prevenção.

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Técnicos se reuniram para propor mudanças no trabalho contra a doença.
Propostas devem ser encaminhadas para Ministério da Saúde.

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Por: Alexandre Costa Pereira | Imprimir