Depois do início da reconstituição da morte do menino Juan de Moraes, 11 anos, o advogado dos policiais militares suspeitos de envolvimento no crime informou à imprensa que os policiais devem dar novo depoimento sobre o caso na noite desta sexta-feira (8)
Foto: www.jb.com.br Depois do início da reconstituição da morte do menino Juan de Moraes, 11 anos, o advogado dos policiais militares suspeitos de envolvimento no crime informou à imprensa que os policiais devem dar novo depoimento sobre o caso na noite desta sexta-feira (8).
De acordo com Edson Ferreira, os PMs alegam que as únicas informações que tem sobre o caso estão sendo fornecidas pela própria imprensa. Eles também negam qualquer envolvimento no sumiço e morte do menino.
A Favela do Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, está cercada por policiais militares desde o momneot em que a reconstituição teve início. Apenas moradores podem entrar na favela nesta sexta-feira.
Segundo investigadores da Delegacia de Homicídios da Baixada, o novo depoimento que os PMs devem prestar nesta sexta será confrontado com o relato de testemunhas já ouvidas pela polícia. Entre elas está o irmão de Juan, que acompanhava o garoto na ocasião do desaparecimento (dia 20 de junho).
ONG faz protesto contra morte de menino
Na manhã desta sexta-feira, integrantes da ONG Rio de Paz realizaram um protesto na Praia de Copacabana contra a morte de Juan. Eles pregaram uma cruz na areia e colocaram um grande cartaz onde estava escrito "Adeus, Juan. Perdão"
Corpo de Juan Moraes foi sepultado na quinta
O sepultamento do menino Juan de Moraes, que inicialmente aconteceria na manhã desta sexta-feira, foi antecipado. Ele foi enterrado esta noite, no Cemitério Municipal de Nova Iguaçu (Baixada Fluminense), sob forte esquema de segurança. A Polícia Rodoviária Federal foi acionada para fazer escolta da família. Os motivos da antecipação do enterro ainda são desconhecidos.
Juan estava desparecido desde o dia 20 de junho, quando foi alvejado em um confronto da Polícia Militar com supostos traficantes, na comunidade Danon (Nova Iguaçu). A ossada do corpo do menino foi encontrada na beira do Rio Botas, em Belford Roxo (Baixada Fluminense), no último dia 30. Inicialmente, o Posto Regional de Polícia Técnico Cientifica (PRPTC) identificou ser um cadáver do sexo feminino. A informação de que o corpo era de Juan chegou no último dia 7.
A família do menino está sob o programa de proteção à testemunha. O pai dele, porém, insiste em não participar, pois diz que precisa cuidar para que a casa da família não seja invadida por outros moradores da comunidade.
Após a confirmação da morte de Juan, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, afastou os quatro policiais investigados pela morte da criança. Eles irão permanecer à disposição da Diretoria Geral de Pessoal até o fim das investigações. Se o envolvimento dos policiais na morte de Juan for confirmado, eles serão expulsos da corporação.
Fonte: www.jb.com.br
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