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Após Cade, Brasil Foods segue liderando altas do Ibovespa
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Para analistas, restrições do órgão de defesa econômica foram menos rigorosas que as expectativas
Foto: g1 As ações da Brasil Foods continuam em alta na Bovespa. Nesta quinta-feira, mesmo com o Ibovespa em queda, os papéis voltam a liderar as valorizações do índice, com +3,29%, a R$ 29,49. O indicador caía 0,71% às 11h30.
Ontem, as ações fecharam com valorização de 10,23%, cotadas em R$ 28,67. A movimentação é uma reação à aprovação, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), da fusão entre Sadia e Perdigão, que originou a empresa.
Em relatório, a Ativa Corretora considerou a decisão positiva. "As restrições aprovadas pelo Cade foram menos rigorosas que as suposições divulgadas pela imprensa nos últimos dias, e o cenário de aprovação da operação, mesmo com tais condicionantes, é positiva para a BRF, em comparação ao cenário alternativo de não aprovação", diz a instituição. Segundo a Ativa, o impacto indicado pela companhia em vendas e receita é significativo, porém não comprometerá completamente os benefícios resultantes da fusão e a saúde financeira da empresa.
Ontem, as ações também tiveram a quinta maior movimentação financeira do dia, com R$ 325 milhões, ou 5% de todo o mercado à vista. Com o desempenho dessa quarta-feira, os papéis recuperam toda a perda que tiveram em junho. No dia 8 do mês passado, os papéis iniciaram uma trajetória de baixa na Bovespa após o relator do caso no Cade, Carlos Ragazzo, votar pela reprovação da união das empresas.
Os papéis, que valiam R$ 27,54 no dia 7 de junho, despencaram para R$ 25,82 no dia seguinte. E continuaram perdendo valor, até atingir a mínima de R$ 23,78, no dia 13 de junho. Na decisão dessa quarta-feira, o Cade impôs várias restrições, mas aprovou a união entre Sadia e Perdigão. O relator, Carlos Ragazzo, continuou sendo o único voto contrário.
As exigências do Cade afetam 13,1% da receita operacional líquida da Brasil Foods. O cálculo consta de fato relevante divulgado pela empresa há instantes e tem como base os números consolidados de 2010. Apesar das restrições, a fusão passou, o que deixa o mercado aliviado.
Fonte: g1
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Por:
Wellyngton Menezes Brandão |
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