Categoria Geral  Noticia Atualizada em 25-08-2011

Batalha está "praticamente terminada", diz chanceler da Líbia
Ex-aliado do ditador, Abdelati Obeidi deu entrevista a canal britânico de TV. Ele pediu aos partidários do coronel que parem de enfrentar a rebelião.
Batalha está
Foto: politicahoje.com.br

O chanceler do regime do ditador da Líbia Muammar Kadhafi disse nesta quarta-feira (24) a um canal britânico de TV que considera a guerra civil no seu país "praticamente terminada" e pediu aos partidários do coronel que deixem de lutar contra os rebeldes que tentam derrubar o regime.

"Se eu estivesse no poder, diria a eles que depusessem suas armas", disse Abdelati Obeidi ao Channel 4.

Questionado sobre se sabia do paradeiro de Kadhafi, ele negou. Rebeldes ainda procuram Kadhafi, que não admite a derrota e promete resistir até "vencer ou morrer". O Conselho Nacional de Transição, órgão político da rebelião, ofereceu anistia e um prêmio milionário a qualquer um que entregue o coronel, vivo ou morto.

O Channel 4 disse que Obeidi falou por telefone de uma casa em Trípoli.

Ele afirmou que não estava em contato com outros ministros do regime, e que não temia por sua segurança.

Ele insinuou, além disso, que poderá ocupar alguma posição no futuro governo, que já vai se organizando, com o apoio explícito de EUA, ONU e países europeus. Mas ele não disse se deixou oficialmente o seu cargo.

"Eles (rebeldes) têm uma boa ideia a meu respeito, eles me conhecem. Tenho certeza de que não irão fazer mal a mim ou à minha família. Pelo contrário, sinto que quando as coisas se acalmarem, poderemos conversar."

No mês passado, Obeidi esteve em Moscou em busca de uma solução pacífica para o conflito, que envolvesse todos os líbios. A solução, como as demais tentativas de negociação ao longo dos mais de seis meses de guerra civil, fracassou.

Na quarta-feira, ele disse que uma saída negociada seria altamente improvável. Três dias depois, os rebeldes chegaram à capital, Trípoli, que acabou sendo quase totalmente dominada pelos oposicionistas.

"O que me preocupa é a lei e a ordem e a estabilidade do povo. Espero que essas pessoas (rebeldes) sejam todas líbias, que não sejam estrangeiras - que não sejam ocupantes - e que as pessoas no nosso país tentem fechar essas feridas, superar a crise e iniciar suas responsabilidades. Elas são as responsáveis pelo país."

Fonte:

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Por:  José Rubens Brumana    |      Imprimir