Categoria Geral  Noticia Atualizada em 29-08-2011

Lupi prevê taxa de desemprego entre 5,5% e 5,7% no final de 2011
Para ministro, revisão da meta do superávit não influencia criação de vagas. Governo está intensificando ações de combate ao trabalho escravo, disse.
Lupi prevê taxa de desemprego entre 5,5% e 5,7% no final de 2011
Foto: www.g1.com

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse nesta segunda-feira (29), em São Paulo, que o Brasil deve terminar 2011 com taxa de desemprego entre 5,5% e 5,7%, "quase em pleno emprego". Na avaliação do ministro, o aumento da meta de superávit primário anunciado nesta segunda pelo governo não deve alterar a previsâo do governo para o desemprego no final do ano. De acordo com Lupi, os dados de agosto sinalizam um bom desempenho do mercado de trabalho.

"Esse mês de agosto, todas as informações que eu tenho são muito positivas. Então acredito que vamos terminar o ano nesse índice principalmente por causa do acumulado de geração de emprego", afirmou o ministro.

Durante participação em um debate promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) em um hotel da zona sul de São Paulo, em que respondeu perguntas de uma plateia de empresários, Lupi disse que o governo está agindo para coibir os casos de trabalho escravo que têm sido registrados principalmente com o trabalho de bolivianos no estado de São Paulo.

Segundo Lupi, o ministério do Trabalho vive no "fio da navalha", entre a parcela que cobra uma ação mais rigorosa do governo e a dos que acreditam que a fiscalização está "radical" demais.

"Estamos sempre no fio da navalha, qualquer que seja o posicionamento (sobre a fiscalização do trabalho escravo) da gente tem corte. Não é simples isso. Eu penso que é inadmissível num país que tem hoje a mais baixa taxa de desemprego da história do Brasil, vamos terminar o ano em 5,5%, 5,7%. É quase pleno emprego, pleno emprego é abaixo de 5%, a gente discriminar quem vem aqui para buscar oportunidade".

Ainda de acordo com Lupi, o governo está intensificando as ações de fiscalização e reforçando o número de fiscais do trabalho para combater o trabalho escravo.

"Se você reparar na última relação, aumentou o número de empresas no cadastro de "lista suja" e estamos coibindo com muita força e inclusive chamando (fiscais). Já foram autorizados mais 107 fiscais nos último concurso e eu estou pedindo a última parte, mais 104. Então vou ter mais fiscais para coibir o trabalho escravo", disse a jornalistas após o evento.

O ministro disse que mesmo nesta segunda estão sendo realizadas ações de combate escravo que, no entanto, não poderiam ser divulgadas pelo governo para não interferir no sucesso das tais iniciativas.

Fonte:

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Por:  José Rubens Brumana    |      Imprimir