Categoria Economia  Noticia Atualizada em 01-09-2011

Recuperação econômica alemã injeta dinheiro nos cofres públicos
Recuperação econômica alemã injeta dinheiro nos cofres públicos
Recuperação econômica alemã injeta dinheiro nos cofres públicos
Foto: /noticias.br.msn.com

Berlim, 1 set (EFE).- A recuperação econômica da Alemanha e, principalmente, o forte crescimento registrado no primeiro trimestre deste ano estão enchendo os cofres públicos e devem gerar uma forte redução do déficit público que, no primeiro semestre do ano ficou em 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB).

O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo Destatis (escritório de estatísticas alemão) que ressaltou se tratar da menor cota de déficit desde a primeira metade de 2008, antes do início da crise financeira e econômica mundial.

No primeiro semestre de 2010, o déficit da Alemanha alcançava 3,1% do PIB e no segundo semestre disparou para 5,4%, ultrapassando o limite imposto pelo Tratado de Maastrich.

Em termos absolutos, o déficit recuou de 42,8 bilhões de euros há um ano para 7,2 bilhões de euros.

O objetivo do Governo é terminar o ano com déficit de 1,5% do PIB, o que foi classificado pelo Bundesbank de realista desde que não surjam despesas imprevistas, derivadas da crise da dívida na zona do euro.

Para 2014, o ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, impôs como meta alcançar um orçamento equilibrado para atender a exigência de frear a dívida, prevista na Constituição alemã desde 2009.

Na primeira metade deste ano, o Estado alemão teve receita de 562,3 bilhões de euros, 31,9 bilhões de euros a mais que no mesmo semestre de 2010, aumento de 6%.

No primeiro trimestre do ano, o PIB alemão registrou crescimento de 1,3% o que, apesar da desaceleração durante o segundo trimestre - quando o crescimento foi de 0,1% - trouxe aumento de receita do estado, assim como redução da despesa em ajuda social e em seguro desemprego.

A arrecadação tributária cresceu no primeiro semestre do ano 8,5% em parte devido ao fato de o imposto de renda e o imposto de patrimônio terem gerado mais receitas que foram acima de 9,8% do nível de 2010.

As despesas por pagamento de seguro desemprego desceram 19,4% e por pagamento de ajuda social 12,4%. O gasto com a dívida teve o mesmo desempenho, recuou 3,4%.

Enquanto isso, ao todo, a receita do estado cresceu 6% - para os 562,3 bilhões de euros - e as despesas apenas se elevaram 0,3%, alcançando os 569,5 bilhões de euros.

A única sombra que pesa, por enquanto, sobre esse panorama é a desaceleração econômica do segundo trimestre, que foi confirmada pelo Destatis e atribuída em parte a uma queda do consumo interno o que por sua vez se deve à insegurança que produz nos consumidores a crise da dívida na zona do euro.

O consumo desceu 0,7% na comparação do primeiro trimestre. Tudo isso, faz com que os analistas temam que a arrecadação tributária não continue subindo da mesma forma que no restante do ano.

Schäuble, no entanto, minimizou a importância da desaceleração que classificou de "freio às expectativas exageradas" provocadas pelo bom desenvolvimento do primeiro trimestre.

O ministro acrescentou que a previsão de crescimento de 3% para 2011 continua válida.

Ao detalharem os números, os analistas da Destatis lembraram que, apesar do frágil crescimento do segundo trimestre, com relação a 2010, o PIB teve aumento de 2,8% com o que não se pode dizer que a recuperação tenha terminado.

Fonte: /noticias.br.msn.com
 
Por:  Wellyngton Menezes Brandão    |      Imprimir