Categoria Geral  Noticia Atualizada em 13-09-2011

Padre Fábio de Melo em entrevista exclusiva
Fábio de Melo concede entrevista exclusiva publicada abaixo, na íntegra. Confira!
Padre Fábio de Melo em entrevista exclusiva
Foto: interfm.blogspot.com

José Geraldo
DRT/ES 2.141/07

Professor universitário, cantor, compositor, apresentador do programa Direção Espiritual transmitido pela TV Canção Nova, escritor e sacerdote, Fábio José de Melo Silva, o Padre Fábio de Melo, nascido aos 03 de abril de 1971 nas Minas Gerais, concede entrevista exclusiva publicada abaixo, na íntegra. Confira!

JG - É difícil conciliar a vida sacerdotal com as demais funções do senhor, como cantar, escrever, apresentar programa de TV, ou em todas estes papeis há o chamado a evangelizar?

FM: Você mesmo disse: em tudo que faço existe o compromisso com a evangelização. Por isso mesmo, enquanto canto, escrevo e apresento o programa de TV, exerço minha função sacerdotal de evangelizador.

JG - É a segunda vez que o senhor se apresenta em Itapemirim. Em 2008 o senhor realizou um show em Itaoca, no nosso litoral, e desta vez será num parque de exposições. Como o senhor recebe este convite para a segunda apresentação no mesmo município?

FM: Recebi e atendi o convite com satisfação, na expectativa de tornar esse reencontro um momento ainda mais proveitoso. Cada show tem uma história própria e uma emoção única. Quero muito corresponder ao carinho e a atenção das pessoas de Itapemirim.

JG – Uma pergunta meio comprometedora: cantar, escrever, apresentar ou ser padre?

FM: Em nenhum desses momentos e atividades deixo de ser padre. Pelo contrário: cantar, escrever, apresentar um programa ou atender um grande número de pessoas em um show cria para mim uma oportunidade única de evangelizar através desses meios. Em tudo que faço tenho a consciência de que sou entendido como padre.

JG – Como viver o sacerdócio diante de tantos fatores contrários (assédio, disponibilidade de tempo, exposição, correria, compromisso com a Igreja, etc)?

FM: Invertendo a pergunta: o compromisso com a Igreja e com a evangelização é que me faz seguir adiante, encarando possíveis dificuldades como a falta de tempo, por exemplo. É inevitável a necessidade de estabelecer uma agenda de compromissos que – também de forma inevitável – não vai cobrir todas as solicitações. Dentro das possibilidades humanas de atender a quem puder, procuro me equilibrar e manter a serenidade, focado no trabalho, sem me ocupar com questões como assédio e exposição.

JG – Quantos livros e CDs? De todos os trabalhos, existe um em que o senhor destaca? Por quê?

FM: São 10 livros, 14 CDs, 2 DVDs e 1 Blu-ray. Gravo e lanço um novo trabalho esse ano ainda. Não tenho preferência explícita por nenhum dos trabalhos, uma vez que cada um tem seu tom e seu sentido próprio. Se for mesmo para destacar algum, penso sempre no mais recente.

JG – Quando senhor afirma que arte e religião caminham juntas, como define esta frase?

FM: A arte, assim como a religião, é uma via para a transcendência humana. Não são poucos os exemplos dessa associação. Grandes obras de arte estão intimamente ligadas ao cotidiano religioso. Quando pensamos no Vaticano é quase automática a lembrança do Gênesis pintado por Michelangelo na Capela Sistina, assim como é forte a associação da Semana Santa barroca representada pela arte genial de Aleijadinho e Mestre Ataíde, só para ficar entre os mais conhecidos. A música vai pelo mesmo caminho. Cantar e ser acompanhado por milhares de vozes é um ato libertador e transcendental.

JG – Se não me falha a memória, um de seus autores preferidos é Adélia Prado. Quais outros escritores o senhor lê?

FM: Com certeza, Adélia Prado! Sou um admirador confesso de sua poesia e tenho a satisfação de tê-la como amiga. Gosto muito de Guimarães Rosa e de vários outros autores nacionais, como Graciliano Ramos e Euclides da Cunha, além de autores mais recentes. Leio também pensadores como Bakhtin, Foucault, Barthes, Bourdieu, Hume e Spinosa, entre outros.

JG - Como e onde busca inspiração para escrever? De onde vem esta verve literária?

FM: Minha matéria-prima é o cotidiano e a observação.

JG – Da criança de Formiga ao nacionalmente conhecido padre Fábio de Melo muita coisa mudou. Pensou um dia que atingiria esse patamar?

FM: Diria que me preparei enquanto padre pensando sempre em me comunicar com as pessoas da melhor forma. Antevia que os meios atuais de comunicação poderiam proporcionar um contato amplo com o público e foi isso que aconteceu, de maneira crescente e espontânea. Costumo repetir que escrevo, componho e canto com a intenção de fazer um bem àquele que me lê e me escuta. É nesse sentido que planejo que tudo deve acontecer.

JG – Considerações finais...

FM: Agradeço seu interesse e a oportunidade da entrevista. Aproveito para agradecer Itapemirim e região por assistirem ao show.





    Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  José Geraldo Oliveira (DRT-ES 4.121/07 - JP)    |      Imprimir