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Documentário sobre a trajetória da banda Pearl Jam

Foto: www.pernambuco.com

Pearl Jam twenty, filme dirigido por Cameron Crowe sobre os 20 anos da banda norte-americana, ficou entre os três documentários mais aclamados da edição 2011 do Festival de Cinema de Toronto, onde o filme fez sua estreia. A boa resposta popular serve de termômetro para o longa-metragem — que será exibido esta noite, em sessões únicas, em cinemas ao redor do mundo. No Brasil, Pearl Jam twenty ocupará 40 salas.

No UCI Kinoplex Recife, haverá duas sessões: a primeira às 19h30 e a segunda às 22h00. A venda antecipada de ingressos já teve início nas bilheterias e site da rede. A inteira custa R$ 22 e a meia-entrada R$ 11.

Diretor, entre outros filmes, de Quase famosos e Singles — Vida de solteiro (que conta, aliás, com uma participação do Pearl Jam), Cameron Crowe foi durante muito tempo também jornalista de rock. Entre os anos 1980 e 1990, ele viveu em Seattle e acompanhou de perto a explosão do cenário musical da cidade, o chamado grunge. Nesse ambiente, conheceu o guitarrista Stone Gossard e o baixista Jeff Ament, músicos que fundaram o Pearl Jam e ex-integrantes de duas bandas precursoras do grunge, Green River e Mother Love Bone.

A intimidade entre diretor e entrevistados é uma das qualidades do filme. "Eu queria usar o fato de conhecê-los para fazer entrevistas que se parecessem com conversas e não com entrevistas", contou Crowe ao site Collider durante entrevista coletiva (com a presença dos músicos do Pearl Jam), na semana passada, na primeira exibição do filme, dentro da programação do Festival de Toronto.

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Ao longo de quase duas horas, Pearl Jam twenty reconta as duas décadas de trajetória da banda com imagens de arquivo (algumas raríssimas), fotos, músicas (muitas em versão demo ou ao vivo) e usando tanto depoimentos de época quanto novas entrevistas com o vocalista Eddie Vedder, o baixista Jeff Ament, os guitarristas Stone Gossard e Mike McCready e o baterista Matt Cameron (ex-Soundgarden), que assumiu as baquetas do grupo em 1998. Figuras-chaves na história da banda, como o vocalista Chris Cornell (Soundgarden, Temple of the Dog, Audioslave), também dão sua colaboração.

Princípios
O longa-metragem mostra como o grupo, avesso ao posto de celebridade, fez para lidar com o sucesso e manter seus princípios. Conta, por exemplo, a batalha travada pelo quinteto contra a Ticketmaster, gigante empresa do ramo de ingressos de shows — a quem a banda acusava de praticar preços abusivos. A morte de nove fãs durante apresentação do Pearl Jam no festival dinamarquês Roskilde, em 2000, é outro episódio marcante comentado pelos músicos.

Conhecida por mudar o set list a cada show, a banda tem no ato de tocar ao vivo — pois é ali, no palco, onde os músicos e seu público celebram em comunhão — a explicação para os 20 anos de carreira. "Nenhum show é enganação, por isso é sempre um prazer", diz Stone Gossard em um dos depoimentos no documentário. E é esse lado humano de músicos endeusados pelo público que Crowe consegue apresentar em seu filme — o maior trunfo da produção.

Ainda que Pearl Jam twenty fique um pouco redundante em sua segunda metade — até porque a carreira da banda se torna menos interessante nesse período — e trate alguns assuntos de maneira um tanto apressada (afinal de contas, são 20 anos em duas horas), o filme é um prato cheio, claro, para os fãs do Pearl Jam. Muitos deles poderão ver a banda no país, entre 3 e 11 de novembro, em shows em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre. O disco PJ20, com as músicas do filme, será lançado em outubro.

Por Pedro Brandt, do Correio Braziliense

Fonte: www.pernambuco.com

Por: Wellyngton Menezes Brandão | Imprimir