Categoria Geral  Noticia Atualizada em 28-09-2011

Grécia receberá parcela de empréstimo a tempo, diz ministro
A equipe de inspetores dos credores da Grécia voltará a Atenas nesta semana e o país receberá a parcela de 8 bilhões de euros em empréstimos que precisa para evitar a bancarrota no mês que vem, disse o ministro de Finanças, Evangelos Venizelos
Grécia receberá parcela de empréstimo a tempo, diz ministro
Foto: not.economia.terra.com.br

A equipe de inspetores dos credores da Grécia voltará a Atenas nesta semana e o país receberá a parcela de 8 bilhões de euros em empréstimos que precisa para evitar a bancarrota no mês que vem, disse o ministro de Finanças, Evangelos Venizelos, nesta terça-feira.

Venizelos disse que o primeiro-ministro, George Papandreou, enviará uma carta apresentando um novo ímpeto de austeridade fiscal para os inspetores da "troika", composta por União Europeia, Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE). A troika exigiu garantias por escrito de que Atenas tomará medidas para cumprir a consolidação fiscal e as metas combinadas sob o acordo de resgate de 110 bilhões de euros.

Venizelos disse que os ministros de Finanças da Zona do Euro irão discutir e autorizar a parcela de empréstimo. "O desembolso acontecerá, e acontecerá a tempo", afirmou Venizelos. O ministro também disse que a Grécis precisa da austeridade para passar de um círculo vicioso para um círculo virtuoso na economia.

"Nós deveríamos fazer um esforço para atingir nossas metas fiscais, para cortar drasticamente nosso déficit primário em 2011, para tomar medidas adicionais no Orçamento de 2012, para atingir superávits primários pela primeira vez após muitos anos em 2012, para que nós comecemos a entrar em um círculo virtuoso", aifmrou.

Entenda
No auge da crise de crédito, que se agravou em 2008, a saúde financeira dos bancos no mundo inteiro foi colocada à prova. Os problemas em operações de financiamento imobiliário nos Estados Unidos geraram bilhões em perdas e o sistema bancário não encontrou mais onde emprestar dinheiro. Para diminuir os efeitos da recessão, os países aumentaram os gastos públicos, ampliando as dívidas além dos tetos nacionais. Mas o estímulo não foi suficiente para elevar os Produtos Internos Brutos (PIB) a ponto de garantir o pagamento das contas.

A primeira a entrar em colapso foi a Grécia, cuja dívida pública alcançou 340,227 bilhões de euros em 2010, o que corresponde a 148,6% do PIB. Com a luz amarela acesa, as economias de outros países da região foram inspecionadas mais rigorosamente. Portugal e Irlanda chamaram atenção por conta da fragilidade econômica. No entanto, o fraco crescimento econômico e o aumento da dívida pública na região já atingem grandes economias, como Itália (120% do PIB) e Espanha.

Um fundo de ajuda foi criado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Central Europeu (BCE), com influência da Alemanha, país da região com maior solidez econômica. Contudo, para ter acesso aos pacotes de resgates, as nações precisam se adaptar a rígidas condições impostas pelo FMI. A Grécia foi a primeira a aceitar e viu manifestações contra os cortes de empregos públicos, programas sociais e aumentos de impostos.

Os Estados Unidos atingiram o limite legal de endividamento público - de US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões) - no último dia 16 de maio. Na ocasião, o Tesouro usou ajustes de contabilidade, assim como receitas fiscais mais altas que o previsto, para seguir operando normalmente. O governo, então, passou por um longo período de negociações para elevar o teto. O acordo veio só perto do final do prazo (2 de agosto) para evitar uma moratória e prevê um corte de gastos na ordem de US$ 2,4 trilhões (R$ 3,7 trilhões). Mesmo assim, a agência Standard & Poor s retirou a nota máxima (AAA) da dívida americana.

Fonte: not.economia.terra.com.br
 
Por:  José Rubens Brumana    |      Imprimir