Categoria Tecnologia  Noticia Atualizada em 30-09-2011

Brasileiros vão aos EUA participar de torneio de luta entre robôs
Equipe RioBotz fará estreia do robô Rouro Maximus, que pesa 45 quilos. Em brigas, máquinas são arremessadas; arena tem que ser blindada.
Brasileiros vão aos EUA participar de torneio de luta entre robôs
Foto: www.g1.com

Em 2020, com o boxe entre humanos proibido, robôs entram no ringue e lutam para entreter o público. O tema do filme "Gigantes de Aço", que estreia no Brasil em 21 de outubro e tem Hugh Jackman como astro, destaca batalhas robóticas que, embora mais simples que as da ficção, já acontecem no presente. E uma equipe de brasileiros se destaca no cenário de luta entre robôs.

O time RioBotz, da PUC-Rio, atual tricampeão mundial na categoria "feather", com robôs que pesam pouco mais de 6 kg (ou 14 libras, na medida oficial da competição), participará no final de outubro do sexto torneio anual ComBots Cup Robot ComBat Championship. O evento será nos dias 29 e 30 de outubro em San Mateo, na Califórnia.

A equipe brasileira foi formada em 2003 e é coordenada pelo professor Marcos Antônio Meggiolaro, do Departamento de Engenharia Mecânica da PUC-Rio.

No torneio, a equipe carioca composta por 16 pessoas irá apresentar sua máquina mais potente, o Touro Maximus, que pesa 220 libras, ou aproximadamente 100 kg. Ele não possui o formato humanoide, como no filme. Ele tem um formato achatado que lembra robô-aspirador, mas apresenta em sua parte frontal um tambor cilíndrico com uma lâmina de aço que gira a 8 mil rotações por minuto. O impacto atira a máquina adversária para longe, o que exige uma jaula preparada para a competição.

"Estamos desenvolvendo o robô desde o final de maio. São três, quatro meses de preparação", conta Hugo Tristão, 21, integrante da equipe e estudante do sexto semestre de engenharia de controle e automação. "Nos robôs, usamos materiais como titânio, aço de alta resistência, alumínio aeronáutico". A expectativa da equipe é ficar entre os três melhores da competição.

A equipe competirá nas seis categorias do torneio, divididas por peso, de 1 libra (cerca de 500 gramas) a 220 libras.

Tristão diz que os materiais utilizados na fabricação dos robôs são importados. "Falta incentivo do governo. Não há nenhuma indústria grande de produção de eletrônicos aqui", diz o estudante.

Após as competições no exterior, o fato de a robótica não ser difundida no Brasil causa algumas saias justas para a equipe na volta país. "Voltamos todos com a camiseta da equipe e explicamos para a Polícia Federal que o que trazemos são robôs. Mas já tivemos que montá-los e mostrar seu funcionamento para sermos liberados no aeroporto".

Preparação para o torneio
Antes de embarcar para os EUA, a equipe RioBotz participará que um campeonato nacional de robótica em Itajubá, Minas Gerais, chamado de Winter Challenge, que também servirá de treinamento.

"Aqui no país há muita rivalidade e o nível é alto", afirma Tristão. "Mas o limite de peso dos robôs é de 24 quilos porque não há arena com grande resistência". O impacto de um robô com 45 quilos atirado por outro robô adversário, segundo o estudante, equivale a uma sequência de tiros de fuzil.

Fonte:

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Por:  José Rubens Brumana    |      Imprimir