Categoria Geral  Noticia Atualizada em 10-11-2011

Restaurador de móveis antigos: uma profissão em extinção.
"As pessoas não tem mais interesse em restaurar um móvel.
Restaurador de móveis antigos: uma profissão em extinção.
Foto: José Rubens Brumana

"As pessoas não tem mais interesse em restaurar um móvel, pois esse processo leva tempo, preferem os móveis descartáveis que depois jogam no lixo em detrimento a um que é peça única, lapidada, realizada e concebida como uma obra de arte" enfatizou Veber Lima, restaurador de móveis em Marataízes que teme pelo desaparecimento da profissão.

Aponta como o melhor centro para a profissão o Estado de Minas Gerais. "Já achei aqui muitos móveis no lixo que o destino seria para lenha e eram peças únicas feitas de madeira de lei. Hoje os móveis são fabricados de compensados, são feitos para durar pouco e depois compram outros para substituir. É a sociedade de consumo e sua cruel dinâmica", comenta.

Veber que participou de cursos de aperfeiçoamento em Ouro Preto e Congonhas, assegura que as pessoas confundem o móvel velho com o antigo. Exemplificou dizendo que o móvel velho é aquele que pode ter até dois anos de uso, mas já apresenta problemas. O antigo é de boa procedência e marca um estilo de uma época. "Restaurei um móvel de cento à quarenta anos. São de uma período onde o marceneiro usava madeiras como peroba, vinhático, cedro, São Gonçalo, imbuia Agora tem móveis feitos de papelões e prensados",garante.

Indagado se o mercado de restauração tem futuro com a modernização dos utensílios, o apaixonado pela nobre arte é reticente."Faço esse serviço por paixão e quando vejo jovens como o dentista Gustavo Mezher, de Itapemirim, fazendo de sua residência um apanhado de peças antigas isso me redobra o fôlego e a esperança", finaliza o restaurador que embalava uma peça como se fosse uma criança em seu colo.


    Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  José Rubens Brumana    |      Imprimir