Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 17-11-2011

PATÉTICA, INSEGURA E SEM NOÇíO
Aconteceu algo inusitado em minha vida esta semana.
PATÉTICA, INSEGURA E SEM NOÇíO

Fui julgada e condenada por uma garotinha de vinte e poucos anos, metida a sabida e a conceituada analista. Alguns dos adjetivos que lembro-me, porque já fiz questão de esquecer da maioria, foram: patética, insegura e sem noção. Passada a perplexidade, fiquei refletindo sobre essas "qualidades" que me foram impingidas, acreditem, por uma pessoinha que sequer conheço, nunca conversei, da qual não sei absolutamente nada sobre sua vida bem como ela da minha. Fui julgada e condenada sumariamente, sem que minha juíza conhecesse a mim e a minha história. Sim, porque todo fato tem duas ou mais versões. E como preconiza o direito, sou inocente, até que provem o contrário. Essa "advogada" cometeu um erro imperdoável: ouviu só uma versão dos fatos, ouviu só uma pessoa envolvida. E julgou, sem piedade. O que leva uma pessoa a julgar sem conhecimento de causa? Impulsividade? Imaturidade?

Despreparo para os embates da vida? Perigosa auto-confiança? Orgulho? Como julgar alguém e algo que você nem conhece?

Lembro-me de uma história sobre um pai que queria ensinar a seus quatro filhos sobre julgamento. Enviou os quatro para uma terra muito distante com o objetivo de observar uma árvore. Porém, cada um, viajou em diferente estação do ano. O primeiro filho, que foi no inverno, disse ao pai que a árvore era feia, seca e distorcida. O segundo, que viajou na primavera, disse que a árvore estava coberta de flores que exalavam um cheiro suave e adocicado. O terceiro, que viajou no verão, disse ao pai que a árvore estava carregada de botões, cheia de promessas. O quarto filho, que chegou no outono, falou que a árvore estava tão cheia de frutas que chegava a estar arqueada. O pai falou que todos estavam certos, porque cada um julgou a árvore exatamente pelo que tinham visto. E a você, minha "juíza" precipitada, só posso, por tudo o que aqui escrevi, te definir com três palavras: PATÉTICA, INSEGURA E SEM NOÇíO.


Fonte: A Autora
 
Por:  Ivilisi Soares Azevedo    |      Imprimir