Categoria Geral  Noticia Atualizada em 18-11-2011

Said Fernandes: O Poeta Esquecido.
Escritor, matemático, mágico e poeta, são assim que se define o senhor Said Fernandes, 65 anos, nascido na paradisíaca praia dos Cações, litoral sul de Marataízes.
Said Fernandes: O Poeta Esquecido.
Foto: José Rubens Brumana

Escritor, matemático, mágico e poeta, são assim que se define o senhor Said Fernandes, 65 anos, nascido na paradisíaca praia dos Cações, litoral sul de Marataízes. É daquelas pessoas que se passa o dia conversando e descobrindo um homem simples, sensível e desconhecido em sua terra. Contagia a todos com sua alegria e muitas histórias que guarda na ponta da língua. Lançou um livro de poesias em 1996 intitulado As Novas Poesias do Poeta e Matemático Said Fernandes. Pai de oito filhos, nove netos e dois bisnetos. Garantiu que além de poesia foi um galanteador. "Minha esposa é minha grande paixão".

"Para começo de conversa foi logo declamando:" Said Fernandes tem quatro coisas completas. Canta bem e fala bem. "Conversa bem e é poeta".

Fascinado nas mirabolantes histórias de Lampião e seu bando, fez poesias dedicado ao Rei do Cangaço e seu cangaceiro Isaias. Amante da natureza escreveu aquilo que viu e sentiu. Em seu livro cachorro, mar, copo, copo e litro, cantadores, pescadores serra, norte, sul, terra e céu além do relógio tiveram seu espaço imortalizado na visão do poeta. Entre um copo de vinho e muita prosa com amigos e admiradores, Said dá prova do seu currículo. Nas cartas mostra a suas habilidades na mágica. Com uma calculadora advinha minha idade e descobre números. Incrível. Perguntei se é mágica foi taxativo: é pura matemática. "Tem um amor que me dá doce. Um que me dá dinheiro. Tem uma que me da pancada. "Esse é o meu amor verdadeiro", sorrindo penteia o bigode se dizendo vaidoso.

Garante que já tem poesias para outro livro e emenda: Era pai, filho e mãe. Era mãe, filho e avó. Topei uma vaca berrando. Com seu bezerro ao redor. Cabelo no queixo é barba. Nó no pescoço é gogó. Nem batata dá caroço. "Nem bananeira tem nó". A platéia aplaude o poeta. O pescador Romildo da Silva Campos, conhecido como Didil, define o escritor como "um homem sábio".

Antes de ir embora senhor Said toma mais um copo de vinho e declama:" Eu nunca errei cantoria. Sustento a nota segura. Quem é homem não faz jura. Quem jura não tem valia. Eu sustento a senhoria. E garanto tudo que fiz. E é certo que o ditado diz: No copo que entra a boca . também entra o nariz". Valeu Poeta.
























    Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  José Rubens Brumana    |      Imprimir