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Manifestantes invadem embaixada britânica em Teerã

Eles protestavam contra as sanções de Londres ao programa nuclear iraniano
Manifestantes invadem embaixada britânica em Teerã

Foto: veja.abril.com.br

Dezenas de manifestantes iranianos invadiram nesta terça-feira a embaixada da Grã-Bretanha em Teerã, em protesto contra as sanções de Londres ao programa nuclear iraniano. Cantando "morte à Inglaterra", eles substituíram a bandeira britânica pela do Irã, quebraram janelas com pedras, rasgaram documentos, danificaram escritórios e queimaram bandeiras da Grã-Bretanha e de Israel. A TV iraniana transmitiu cenas do protesto ao vivo, dizendo ter sido organizado por estudantes.

Enquanto eles entravam no prédio da embaixada, centenas de pessoas se aglomeraram do lado de fora. O embaixador britânico partiu imediatamente do local. O episódio ocorre um dia depois de o Irã aprovar uma legislação que diminui as relações diplomáticas com o governo britânico, em retaliação ao recente boicote às instituições financeiras e empresas iranianas adotado por Londres e Washington para pressionar o país islâmico a interromper seu programa nuclear, altamente suspeito de desenvolver armas atômicas segundo relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Reação - O governo britânico condenou o protesto, a que chamou de "inaceitável", e pediu ao Executivo iraniano que defenda seus diplomatas em serviço no país. Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores britânico disse que ainda não dispõe de todos os detalhes sobre a invasão, mas confirmou "a incursão de um número significativo de manifestantes no recinto da embaixada e vandalismo à propriedade".

"Nos sentimos ultrajados. É totalmente inaceitável e condenamos o episódio", afirma o texto emitido pela chanceleraria britânica. "Esperamos que (as autoridades iranianas) atuem de forma urgente para deixar a situação sob controle e para garantir a segurança de nosso pessoal e a segurança de nossas instalações", finaliza a declaração. O Executivo britânico também afirmou que segundo as leis internacionais, incluindo a Convenção de Viena, o governo iraniano é obrigado a proteger os diplomatas e as embaixadas presentes em seu território.

O episódio desta terça lembra a invasão da embaixada dos Estados Unidos em Teerã em 1979, quando o prédio foi ocupado por estudantes islâmicos apoiados pelo regime do aiatolá Ruhollah Khomeini e 52 funcionários foram tomados como reféns. Naquela ocasião, no entanto, a ocupação durou quase um ano e meio (444 dias).

Fonte: veja.abril.com.br

Por: Maratimba.com | Imprimir