Categoria Incêndio  Noticia Atualizada em 22-12-2011

Após incêndio em SP, ministro visita favela e fala em "tragédia humana".
Gilberto Carvalho visitou local a pedido de Dilma Rousseff. Corpo foi encontrado em prédio atingido; três pessoas ficam feridas.
Após incêndio em SP, ministro visita favela e fala em
Foto: g1.globo.com

Os ministros Mária do Rosário (Secretaria de Direitos Humanos), Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome) e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República) visitaram no início da tarde desta quinta-feira (22) a favela que foi destruída por um incêndio na região central de São Paulo.

Eles conversaram com representantes do Corpo de Bombeiros e disseram ter falado também com o prefeito Gilberto Kassab sobre a situação dos moradores. Gilberto Carvalho afirmou que foi ao local a pedido da presidente Dilma Rousseff. "Estávamos na reunião com os catadores no instante em que a presidenta soube do incidente e pediu para que viéssemos prestar nossa solidariedade. O governo federal se colocou à disposição de forma direta com o prefeito Kassab para o que for necessário para ajudar as pessoas."

"Nós podemos ver a alocação dessas pessoas por meio do programa Minha Casa, Minha vida ou através de nossa rede de assistência social", disse o ministro.

Questionado sobre o que viu, Carvalho afirmou: "É a tragédia humana de sempre. É de se lamentar. É uma luta que vai levar tempo para a gente vencer. É uma luta longa, mas necessária. Nós precisamos cuidar dessas pessoas".

Um corpo foi encontrado no prédio que também foi atingido pelo incêndio. O fogo destruiu parte da favela e o prédio abandonado. Segundo o Corpo de Bombeiros, o corpo estava no primeiro andar do prédio. Não foi possível identificar se era um homem ou uma mulher. A corporação vai verificar se irá retirar o corpo – pois o prédio corre risco de desabamento – ou se irá aguardar a chegada da perícia.

Três pessoas ficaram feridas no incêndio. Duas foram socorridas com sinais de intoxicação para a Santa Casa e a outra teve fratura no punho e queimaduras e foi para o pronto-socorro do Tatuapé. O fogo começou por volta das 10h e foi controlado pouco antes das 13h.

O prédio que foi incendiado corre risco de desabamento, segundo o coronel Luiz Humberto Navarro, comandante dos Corpo de Bombeiros. Pessoas que estavam no imóvel precisaram ser resgatadas pelo helicpótero Águia, da Polícia Militar.

Equipes dos bombeiros chegaram a entrar no prédio após o incêndio ser controlado para verificar a existência de possíveis vítimas. Entretanto, foi percebido o abalo na estrutura. "Entramos até o quarto andar e balançou muito a laje. Vamos entrar depois com cabos, fazer um trabalho de ancoragem", afirmou o coronel. Segundo ele, apenas após o fim dos focos de incêndio que ainda existem na favela esse trabalho será feito.

De acordo com a corporação, 120 homens participaram do combate às chamas, e 200 mil litros de água foram utilizados. Segundo o coronel, o trabalho de rescaldo deve durar de quatro a cinco horas. Ele também afirmou que ainda há focos de fogo – entretanto, eles já estão em uma área restrita.

Segundo o coronel, o trabalho de rescaldo deve durar de quatro a cinco horas. Ele também afirmou que ainda há focos de fogo – entretanto, eles já estão em uma área restrita.

Além das vítimas do incêndio, um bombeiro ficou ferido – segundo o coronel, ele foi atingido por uma televisão na cabeça quando passava por uma área que não pegava fogo. Ele foi levado para o Hospital das Clínicas com suspeita de fratura na coluna.

De acordo com o coronel, cerca de um terço da favela foi incendiada – mais cedo, a Defesa Civil estimou que 50% da favela havia sido destruída. Ainda de acordo com o coronel, o tipo de material presente na favela, bastante inflamável, a velocidade do vento e a localização dos barracos, em uma área próxima à CPTM e cerca da por muros, dificultaram os trabalhos. Dois muros precisaram ser quebrados para a o acesso dos bombeiros.

Cerca de 2,5 mil pessoas vivem no local. Moradores auxiliaram os bombeiros no combate ao incêndio. O fogo começou por volta das 10h na altura do número 20 da Rua Doutor Elias Chaves. Moradores da favela procuravam a todo momento conhecidos e parentes. Vizinhos da região também deixaram suas casas. Nas proximidades da área afetada, uma vila de casas e uma creche foram esvaziadas. Empresas da região liberaram seus funcionários. Botijões de gás foram retirados de um depósito.

Atendimento

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, disse no início da tarde desta quinta que as famílias que foram atingidas pelo incêndio serão encaminhadas para abrigos. De acordo com Kassab, cerca de 600 famílias viviam no local. Ele também afirmou que a maior parte delas já estava cadastrada pela Prefeitura.

"Elas serão encaminhadas para abrigos, depois terão acesso aos nossos programas sociais", disse o prefeito, "principalmente aluguel social." Kassab foi vaiado pela população ao chegar à favela.

CPTM

A área atingida fica ao lado de uma linha de trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Por causa do incêndio, a circulação de trens em duas linhas da CPTM foi interrompida - na Linha 7 entre as estações Luz e Barra Funda e na Linha 8 entre as estações Barra Funda e Julio Prestes. Os usuários eram avisados pelo sistema de som das estações. Como alternativa, os passageiros podem utilizar o Metrô por meio da integralção gratuita nas estações Palmeiras-Barra Funda e Luz.









Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir