Categoria Geral  Noticia Atualizada em 05-01-2012

GDF diz que só negocia com metroviários se greve for interrompida
Proposta de adiantar diálogo sobre data-base foi retirada. Trabalhadores se reúnem em assembleia nesta sexta-feira (6).
GDF diz que só negocia com metroviários se greve for interrompida
Foto: g1.globo.com

A Secretaria de Administração do Distrito Federal informou nesta quinta-feira (5), por meio de sua assessoria, que só volta a dialogar com os metroviários, em greve desde o dia 12 de dezembro, quando a categoria retornar ao trabalho. Segundo a assessoria, a última proposta de acordo foi retirada e os dias de paralisação serão descontados de forma retroativa.

Na noite do dia 2 de janeiro, o governo do DF apresentou a tentativa de acordo que consistia em começar imediatamente a discussão da data-base, marcada para o fim de março. Em troca, os grevistas voltariam ao trabalho, mas os dias de paralisação seriam descontados.

Os metroviários se reuniram no dia 3 de janeiro e rejeitaram a proposta. "A greve só está acontecendo porque não há uma proposta. Quem conversa com o sindicato não tem poder decisão. Estamos ainda tentando descobrir quem tem esse poder porque o diretor do Metrô diz que não tem, o secretário de Administração diz que não tem, então a gente espera que o governador se manifeste", afirmou o assessor de comunicação do Sindicato dos Metroviários, Anderson Oliveira, no dia 3.

Uma nova assembleia dos metroviários foi marcada para as 20h de sexta-feira (6), na Praça do Relógio em Taguatinga. De acordo com Oliveira, não há perspectivas de novidades na negociação.

A expectativa agora é que a disputa entre patrões e empregados seja resolvida por intermédio da Justiça, que retoma as atividades em 9 de janeiro, após recesso de fim de ano.

Reivindicações

Os metroviários alegam que houve fraude no Plano de Emprego e Salários dos funcionários, reivindicam melhorias no sistema de trens, estações e manutenção, cumprimento do acordo coletivo e igualdade em relação aos benefícios conquistados por funcionários da Companhia de Saneamento do Distrito Federal (Caesb), Companhia Energética de Brasília (CEB) e outras empresas do governo.

O presidente do Sindicado dos Metroviários do DF, Israel Pereira, afirmou que a categoria tentou negociar com a empresa ao longo de 2011. Ele ainda disse que os trabalhadores entraram em greve "devido à ausência de propostas e cumprimento do acordo coletivo". Segundo Pereira, o Metrô-DF roda nesta segunda com 30% da capacidade de prestação de serviço, o que equivaleria a sete trens em horários de pico e quatro nos horários de menor fluxo.

O Metrô-DF diz que a greve não tem justificativa, uma vez que toda a pauta da categoria está sendo cumprida desde a última negociação. Além disso, afirma que não seria possível equiparação com outros servidores do GDF porque as atividades têm natureza diferente e fontes de pagamento distintas.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir