Categoria Geral  Noticia Atualizada em 05-01-2012

Psicóloga fala sobre consumismo infantil e imposição de limites
Limite é fundamental no processo de educação dos filhos, diz especialista. Pais devem envolver crianças em questões do orçamento familiar.
Psicóloga fala sobre consumismo infantil e imposição de limites
Foto: g1.globo.com

Estabelecer limites é fundamental no processo de educação dos filhos, segundo a psicóloga escolar Liliane Guimarães. Para ela, por mais que os pais passem a maior parte do tempo fora de casa, não podem deixar as crianças expostas ao consumismo como forma de compensação. "É preciso sim impôr limites. Uma das consequências negativas é o fato da pessoa se tornar um adulto sem limites. E, neste caso, a vida os impõe", disse.

Amigas inseparáveis e vaidosas assumidas, Maria Luiza Lima de 13 anos, Tainara Carvalho de 11, e Ligia Falcucci também de 11 anos, visitam o salão de beleza pelo menos uma vez por semana. Maria Luiza segue as tendências da moda e Tainara está sempre maquiada. Já Ligia gosta de mudar o visual dos cabelos.

Essa vaidade custa a cada uma, ou melhor, aos pais, R$ 200 por mês. "Tenho que controlar porque senão ela quer todo dia, apesar disso, acho importante pra a formação de uma mulher vaidosa", disse a cabeleireira Elisandra Falcucci, mãe de Ligia.

Uma realidade bem diferente do tempo em que ela era criança. "Quando eu tinha 12 anos minha mãe não me deixava fazer nada, já minha filha, com oito, já pintava as unhas", contou Elisandra.

A vaidade também é comum na hora de comprar o material escolar. Os estudantes querem de tudo e, muitas vezes, satisfazer essa vontade sai caro porque nem sempre os pais podem pagar. Os fichários, quanto mais acessórios têm, mais caros saem. Os que têm espelho, por exemplo, chegam a custar R$ 100

As crianças consumidoras são pequenas apenas no tamanho e é preciso firmeza dos pais para negar quando o pedido não cabe no orçamento. "Lá em casa sempre foi assim, a gente só compra o que pode mesmo. Não adianta chorar, compramos o que realmente cabe no orçamento", disse a vendedora autônoma Juliana Martins.

Para a psicóloga Liliane a atitude é correta: " Os pais devem ter diálogo, abrir o jogo e envolver as crianças na questão do orçamento. Se não puderem comprar a criança precisa entender", orientou.






Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir