Categoria Geral  Noticia Atualizada em 16-01-2012

Síria tem 11 mortos em confrontos
Mortes ocorreram em vários locais do país conflagrado. Repressão a protestos antigoverno já matou mais de 5.000, diz ONU.
Síria tem 11 mortos em confrontos
Foto: g1.globo.com

Pelo menos 11 pessoas foram mortas na Síria nesta segunda-feira (16) em episódios de violência que não foram evitados apesar de um plano de paz árabe monitorado por observadores da Liga Árabe.

Os ministros de Relações Exteriores da Liga Árabe se reunirão no domingo para discutir o futuro da missão enviada mês passado para verificar se a Síria está cumprindo o plano árabe que aceitou em 2 de novembro.

O plano exige que a Síria pare com o derramamento de sangue, retire os militares das cidades, liberte os detidos e mantenha o diálogo.

Centenas de pessoas foram relatadas mortas na Síria mesmo com a chegada dos monitores em 26 de dezembro, enquanto forças leais ao presidente Bashar al Assad tentam suprimir protestos pacíficos que começaram há 10 meses, assim como forças armadas que resistem ao seu governo.

Tiros aleatórios de milicianos pro-Assad mataram cinco pessoas, inclusive uma mulher, e feriram nove na atribulada cidade de Homs, afirmou a sede britânica do Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

A entidade disse ainda que cinco soldados foram mortos quando tentaram trocar de lado durante um confronto com rebeldes na província de Idlib. Segundo o observatório, 15 soldados conseguiram desertar e passar para o lado dos rebeldes.

A agência estatal de notícias Sana disse que "grupos terroristas armados" haviam assassinado o brigadeiro-general Mohammed Abdul-Hamid al-Awad e feriu seu motorista no interior, próximo a Damasco.

A recente violência eclodiu um dia após o secretário-geral Ban Ki-moon dizer a Assad para "parar de matar seu povo".

A dura resposta de Assad aos levantes matou mais de cinco mil pessoas, segundo contagem da ONU. As autoridades sírias dizem que dois mil membros das forças de segurança também foram mortas. A morte de 32 civis e soldados foram reportadas no domingo.

"Hoje, eu digo novamente ao presidente Assad da Síria: pare a violência, pare de matar seu povo. O caminho da repressão é um caminho sem saída", afirmou Ban Ki-moon em um conferência no Líbano, no domingo.

O chefe da missão de monitoramento árabe irá se reportar para um comitê da Liga árabe na quinta-feira, antes de uma reunião maior entre os ministros de Relações Exteriores em que considerarão seus próximos passos na Síria.

No domingo, Assad proclamou anistia para os "crimes" cometidos durante os levantes e alguns detentos foram libertados na presença de monitores árabes em Damasco.



Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir