Categoria Geral  Noticia Atualizada em 02-02-2012

Bar do Kilb: há 20 anos servindo amigos
Bar do Kilb: há 20 anos reunindo amigos e servindo tira-gosto tradicional
Bar do Kilb: há 20 anos servindo amigos
Foto: Filipe Rodrigues

Pelo retrovisor do carro dava para ver: um senhor, de cabelos brancos, óculos, caminhando com uma bengala, sem pressa. A entrevista, marcada para as 16h00, começou um pouco depois, porque, segundo Kilb Caldeira Pontes, quando o entrevistado atrasa, valoriza o passe.

Brincadeiras à parte, aos 61 anos ele demonstra humildade e disposição para trabalhar, mesmo depois de aposentado. Seu bar, conhecido com Bar do Kilb, ostenta o título o ano inteiro de melhor charuto como tira-gosto. Uma guloseima feita de carne e arroz, envolvidos em folha de repolho.

Normalmente, ele abre às 16h00. Pouco depois disso, os seus clientes começam a chegar. Uma mesa de sinuca ao centro do bar acaba virando o ponto de encontro. Não são profissionais, mas jogam como tal. Paralelo ao jogo de sinuca, eles vão pedindo as guloseimas: língua de boi, panqueca e, principalmente, o famoso charuto.

Homem de hábitos simples, Kilb atribui o sucesso de seu bar e do que é servido aos outros. "Tudo é feito pela minha esposa, Marcina de Freitas Heringer Pontes, e só faz sucesso porque os clientes gostam. Eles que são responsáveis", comentou Kilb.

O charuto é servido todos os dias. Entretanto, outros pratos têm dias específicos. A empadainha de camarão é aos sábados; a panqueca nas sextas-feiras; o péla-égua às segundas-feiras; entre outros. "Como tudo é feito pela minha esposa, quem chega cedo vai conseguir degustar. Porque quando acaba não fazemos mais", acrescentou Kilb.

Apesar do sucesso do charuto, Kilb comenta que tudo começou de forma despretensiosa. "Não tínhamos planos, quando decidimos fazer. Resolvemos experimentar e deu certo. Tem um cachoeirense, o Ronaldo Depes, que disse que o charuto tem origem libanesa, mas por lá, ele é feito com folha de uva", comentou.

Além de Ronaldo, outros cachoeirenses freqüentam o local, entre eles, Gercílio Cypriano, da Flecha Branca, funcionários da antiga SAAE, entre outras figuras, de outros municípios, como Muqui, Vitória e São Paulo. "Existem algumas pessoas que nasceram aqui na Barra e foram morar em outras cidades. Em janeiros, eles vêm passar as férias e fazem questão de passar pelo bar", acrescentou Kilb.

O charuto faz tanto sucesso que alguns pedem por encomenda. "Eu costumo falar que o meu bar é ‘pé sujo’. O que faz ele ser bom são as pessoas que freqüentam. Só tem gente boa. As mulheres costumam dizer que aqui é o clube do bolinha. O que importa é a boa convivência com os demais", ponderou.

O bar do Kilb funciona todo dia, entre as 16h00 e 22h00. E não adianta pedir a "saideira", porque ele é rigoroso com o horário. Os freqüentadores dizem que ele até fechou o bar com um promotor dentro. "Ele queria ficar até mais tarde, mas a gente sempre fecha no horário. Não dá para ficar até mais tarde", disse.

Quem quiser conhecer, basta ir até a pracinha da Barra e perguntar onde fica o bar do Kilb. Todo mundo conhece. Mas é preciso ficar atento ao horário.

    Fonte: Filipe Rodrigues - Aqui Noticias
 
Por:  Adriano Costa Pereira    |      Imprimir