Categoria Geral  Noticia Atualizada em 07-02-2012

Mais dois manifestantes deixam sede da Assembleia ocupada por PMs
Homens sa�ram do local espontaneamente na manh� desta ter�a-feira (7). Segundo Ex�rcito, n�o � poss�vel confirmar se eles s�o policiais grevistas.
Mais dois manifestantes deixam sede da Assembleia ocupada por PMs
Foto: g1.globo.com

Mais dois manifestantes ligados � greve de policiais militares na Bahia deixaram a Assembleia Legislativa do Estado, em Salvador, na manh� desta ter�a-feira (7). Durante a madrugada, um policial militar havia deixado o local, que est� ocupado pelo movimento grevista. O Ex�rcito n�o soube informar se os homens que sa�ram nesta manh� fazem parte da corpora��o da PM.

Eles foram liberados porque n�o h� mandados de pris�o contra eles. O Ex�rcito informou que a identidade dos manifestantes ser� passada � Secretaria de Seguran�a P�blica, que dever� investigar a proced�ncia deles. Na sa�da, eles n�o quiseram conversar com a imprensa. Doze mandados de pris�o foram expedidos pela Justi�a da Bahia contra policiais miliatares considerados l�deres do movimento. Um deles foi preso.

O chefe de comunica��o do Ex�rcito informou ao G1 que a madrugada desta ter�a-feira foi tranquila na Assembleia Legislativa. Segundo ele, n�o houve confrontos. Nesta manh�, o que se viu tamb�m foi um ambiente sem muitas movimenta��es, apenas troca de turno dos policiais que est�o no local. "Estamos aqui para criar condi��es favor�veis ao fim da greve", disse.

As vias de acesso ao Centro Administrativo da Bahia, onde funciona a Assembleia, foram liberadas para funcion�rios dos �rg�os p�blicos que t�m sede no local. A entrada deles havia sido bloqueada por conta do risco � seguran�a em decorr�ncia de confrontos armados entre manifestantes e tropas especiais que patrulham a �rea.

A seguran�a em torno da Assembleia Legislativa conta com 150 homens do Ex�rcito, 220 policiais militares que n�o aderiram � greve e 20 homens da For�a Nacional. Na manh� desta ter�a-feira, diversas viaturas de grupos especializados da PM chegaram ao local para dar refor�o �s equipes. N�o h� informa��es oficiais, segundo o Ex�rcito, sobre o n�mero de policiais militares grevistas que mant�m a ocupa��o no �rg�o p�blico.

Crian�as

De acordo com o tenente-coronel Cunha, ap�s contagem realizada na manh� desta ter�a-feira, foi constatado que sete adultos e sete crian�as deixaram a sede da Assembleia. � noite, o Ex�rcito chegou a informar que oito crian�as tinham sa�do, mas o balan�o divulgado na manh� desta ter�a (7) o n�mero foi corrigido para sete.

As crian�as sa�ram acompanhadas por adultos por volta das 21h e, segundo o Ex�rcito, de forma espont�nea. Eles foram submetidos a exames m�dicos, alimentados e deixaram o local em carro particular. O Minist�rio P�blico da Bahia (MP-BA) j� havia se posicionado sobre a presen�a de crian�as e entrou com pedido de medida cautelar para que elas fossem retiradas do local. Durante a cobertura da greve, o G1 constatou a presen�a de crian�as entre familiares de policiais militares que ocupam a sede da Assembleia para a mobiliza��o da categoria, que come�ou na ter�a-feira (31).

Segundo M�nica Barroso, promotora do MP-BA, o pedido de medida cautelar foi feito na noite de domingo (5) pela promotora Ediene Lousado e deferido pelo juiz plantonista na manh� desta segunda-feira (6). "O Minist�rio P�blico entende que as crian�as que est�o na Assembleia est�o em situa��o de risco e podem sofrer danos � integridade f�sica e psicol�gica", afirma a promotora. Ela acrescenta que o �rg�o aguarda o cumprimento da decis�o atrav�s das autoridades policiais.

O governo do estado divulgou atrav�s de nota que o subcoordenador do Centro de Defesa da Crian�a e Adolescente (Cedeca), Waldemar Oliveira, esteve na Assembleia no in�cio da noite desta segunda-feira e constatou a exist�ncia de condi��es impr�prias para a presen�a de crian�as e adolescentes. A nota informa ainda que dois conselheiros tutelares apresentaram aos manifestantes a decis�o concedida pelo juiz.

"Eu perguntei quantas crian�as e adolescentes est�o aqui e me disseram que este n�mero gira em torno de 150. Foi dado conhecimento ao comando da greve sobre esta liminar, e a expectativa � que se cumpra. Caso haja o descumprimento desta ordem judicial, com certeza algu�m vai ter que responder", afirmou Oliveira atrav�s da nota.

Tens�o

Por volta das 20h de segunda-feira, os grevistas reagiram � amplia��o dos cord�es de isolamento que t�m sido mantidos pelos militares das For�as Armadas. Enquanto a maioria dos soldados manifestantes se concentrava na rampa de acesso � Casa, um deles amea�ou, a bordo de um carro, invadir o primeiro e maior cord�o, constru�do na tentativa de afast�-los de qualquer contato externo.

O condutor do carro se aproximou dos policiais do Ex�rcito, ligou o farol alto e depois recuou. Mais policiais montam um segundo cord�o, menor, dentro do primeiro. No mesmo momento, centenas de homens da Companhia de Pol�cia de A��es em Caatinga e dezenas �nibus do Ex�rcito passaram pela �rea da Assembleia.

A Secretaria de Seguran�a P�blica da Bahia (SSP-BA) fechou os acessos ao Centro Administrativo da Bahia (CAB), tanto da Avenida Paralela quanto pelo bairro Cabula, desde a manh� de segunda. Segundo o �rg�o, eles n�o podem mais receber alimentos e bebidas. No espa�o em que acampam, podem ser visto estoques de mantimentos, principalmente de �gua.

Conflito

Desde o in�cio de segunda-feira, cerca de 600 homens do Ex�rcito, al�m de 40 agentes do Comando de Opera��es T�ticas (COT) isolam a �rea na tentativa de garantir a livre circula��o e o funcionamento do Centro Administrativo da Bahia (CAB). O isolamento da �rea tamb�m visa facilitar o cumprimento pela Pol�cia Federal de 11 mandados de pris�o contra integrantes do movimento grevista.

Mais cedo, a presen�a dos manifestantes no local gerou conflito com os homens que fazem o policiamento na regi�o. Tiros de borracha chegaram a ser disparados contra o grupo, que avan�ou na dire��o dos soldados. Os manifestantes passaram a se posicionar em frente ao jardim da Assembleia e a cantar em protesto contra o policiamento.

Dirigente da associa��o de PMs � preso

Um soldado da PM e dirigente da Associa��o dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares do Estado Bahia (Aspra) foi preso na madrugada de domingo (5), segundo o governo do estado, e encaminhado � sede da Pol�cia do Ex�rcito, na Avenida Paralela, em Salvador.

O PM � lotado na Companhia de Policiamento de Prote��o Ambiental (COPPA). Segundo o governo, ele � suspeito de forma��o de quadrilha e roubo de patrim�nio p�blico, referente � reten��o das viaturas. A pris�o dele � a primeira cumprida dos 12 mandados de pris�o expedidos pela Justi�a da Bahia contra integrantes do movimento grevista.

Carros de pol�cia recuperados
A Pol�cia Militar recuperou, na tarde de s�bado (4), 16 carros oficiais que estavam em poder dos grevistas, na Assembleia Legislativa, em Salvador. Os mandados de reintegra��o de posse foram expedidos na manh� de s�bado.

Negocia��o

O governo ofereceu, na noite de domingo (5), reajuste de 6,5% a partir do dia 1� de janeiro aos PMs em greve, segundo o secret�rio de comunica��o Robson Almeida. Ele disse ainda que a proposta n�o oferece anistia aos policiais que tiveram pris�o preventiva decretada. O governo informou tamb�m que est� aberto a negocia��es com os PMs, desde que eles suspendam a greve. O l�der do policiais militares em greve na Bahia, Marcos Prisco, disse nesta segunda-feira (6) que a categoria rejeitou a proposta do governo. "Essa proposta � linear e vale para todos os servidores p�blicos. Ela j� foi feita e recusada h� duas semanas", afirmou.

Autua��o federal

O ministro da Justi�a afirmou que j� fez o pedido de reserva de vagas em pres�dios de seguran�a m�xima para encaminhar, caso seja necess�rio, os policiais militares que tenham cometido algum tipo de crime durante a mobiliza��o grevista.

Pronunciamento do governador

O governador da Bahia, Jaques Wagner, tentou tranquilizar a popula��o do estado em cerca de tr�s minutos de pronunciamento oficial, transmitido pelas emissoras de r�dio e TV por volta das 20h15 de sexta-feira (3). Ele reafirmou a "intranquilidade" vivida desde o in�cio da greve, que tem resultado no fechamento antecipado do com�rcio, viol�ncia na rotina do tr�nsito e contra a popula��o. "Estamos tomando provid�ncias para conter a��es de um grupo de pol�cia usando m�todos conden�veis e difundindo o medo na popula��o, causando desordem", afirmou.









Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir