Categoria Ciência e Saúde  Noticia Atualizada em 07-02-2012

Ministério oficializa diretrizes para atendimento de silicone adulterado
Orientações são seguidas desde o último dia 18, quando foram divulgadas. Texto foi publicado no Diário Oficial da União nesta terça (7).
Ministério oficializa diretrizes para atendimento de silicone adulterado
Foto: g1.globo.com

O Diário Oficial da União (DOU) publicou nesta terça-feira (7) as diretrizes para o atendimento de pacientes com próteses de silicone das marcas PIP e Rófil, que foram adulteradas por seus fabricantes.

Esses procedimentos foram definidos em uma reunião no último dia 18. O encontro reuniu o Ministério da Saúde, as sociedades brasileiras de mastologia e cirurgia plástica, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regula a atuação dos planos de saúde. Segundo o ministério, a publicação do texto no DOU apenas formaliza as novas orientações, que já estão sendo seguidas.

O protocolo de atendimento é o mesmo para médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) e de planos de saúde – os dois sistemas devem cobrir os gastos de exames de diagnóstico e cirurgias para quem tiver implantes das duas marcas.

Todas as pacientes com próteses das duas marcas e sintomas de ruptura devem procurar atendimento médico.

A cirurgia será feita em quem teve rompimento do implante. Fora isso, quem tem histórico familiar de câncer de mama e sintomas de ruptura ou alterações nos exames físicos também poderá fazer a cirurgia.

Veja abaixo o que deve ser feito, passo a passo:

Atendimento

- pacientes que não sabem que marca de silicone colocaram devem procurar o médico que as operou para receber a informação. Se o profissional não puder ser localizado, devem procurar o hospital onde foi feita a cirurgia e solicitar os dados do prontuário médico – que deve ser guardado por até 20 anos.

- pacientes com próteses da PIP e da Rófil devem procurar o hospital público ou de plano de saúde onde a cirurgia inicial foi feita para passar por exames.

Exames

- pacientes com sintomas de ruptura devem ser avaliadas pelo médico através de exame físico. O médico deve recomendar exames de imagem – preferencialmente, uma ultrassonografia – para detectar se houve rompimento. A ressonância magnética também pode ser usada.

Cirurgia

- a cirurgia deve ser indicada pelo médico, a partir dos resultados dos exames físicos e de imagem e levando em conta as condições de saúde da paciente. Se for confirmada a ruptura, o paciente deve passar pela cirurgia de troca da prótese.

- preferencialmente, a operação de troca deve ser feita pelo mesmo médico e hospital onde foi feita a primeira cirurgia. Se isso não for possível, as pacientes que quiserem operar pelo SUS devem procurar o Centro de Especialidades mais próximo. Se quiserem usar o plano de saúde, devem procurar sua operadora, que vai indicar o serviço da rede a ser procurado.

Acompanhamento

- pacientes sem ruptura devem passar por acompanhamento médico e voltar para nova avaliação em três meses.

- pacientes que passaram pela cirurgia, também precisam ser acompanhados.



Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir