Categoria Geral  Noticia Atualizada em 09-02-2012

Dilma se diz "estarrecida" com acerto para atos de vandalismo na Bahia
Grava��o mostra l�deres negociando queimar carretas e bloquear estrada. "H� outros interesses envolvendo a paralisa��o. Isso n�o � correto", afirmou.
Dilma se diz
Foto: g1.globo.com

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (9) em Parnamirim, no interior de Pernambuco, que ficou "estarrecida" com as negocia��es para a��es de vandalismo por parte de policiais militares em greve desde 31 de janeiro na Bahia.

"Fiquei estarrecida ontem [quarta] quando vi grava��es em uma televis�o, a TV Globo, sobre o fato de que h� outros interesses envolvendo a paralisa��o. Isso n�o � correto", afirmou a presidente durante visita �s obras da rodovia Transnordestina.

O Jornal Nacional exibiu na noite de quarta (9) conversas gravadas com autoriza��o judicial nas quais grevistas falam em queimar carretas e bloquear uma rodovia. As grava��es mostram tamb�m articula��es para que a paralisa��o se estenda ao Rio de Janeiro, a S�o Paulo e outros estados. Os PMs envolvidos negam participa��o em a��es violentas.

Nesta manh�, no dia seguinte � divulga��o dos �udios, o pr�dio da Assembleia Legislativa da Bahia, em Salvador, foi desocupado por manifestantes que estavam no local desde 31 de janeiro. O ex-policial militar Marco Prisco, considerado l�der do movimento, e o policial Ant�nio Angelim deixaram a Assembleia presos.

Prisco foi flagrado nas escutas realizadas pela Pol�cia Federal. Tanto ele quanto Angelim estavam na lista dos 12 integrantes do movimento grevista na Bahia que eram alvo de mandados de pris�o. At� esta manh�, cinco foram presos.

Cr�ticas da presidente

Durante a visita ao interior de Pernambuco, Dilma condenou a forma como os l�deres da greve conduziram a paralisa��o na Bahia. "Hoje, o Brasil tem uma vis�o de garantia da lei e da ordem moderna. N�s n�o consideramos que seja correto instaurar o p�nico, o medo, criar situa��es que n�o s�o aquelas compat�veis numa democracia. Voc� sempre tem que considerar leg�timas as reinvidica��es. H� formas de reivindicar. Eu n�o considero que o aumento de homic�dio na rua, queima de �nibus, seja uma forma correta de conduzir o movimento", declarou.

A presidente tamb�m afirmou ser contra conceder anistia para grevistas que cometeram atos il�citos. Perguntada sobre se seria favor�vel � anistia, ela afirmou:

"Eu considero que n�o � poss�vel esse tipo de pr�tica. Vai chegar um momento que v�o anistiar antes mesmo de o processo grevista come�ar. Se houver manifesta��o, n�o deve ser condenada. Mas atos il�citos n�o podem ser anistiados. Se anistiar, vira um pa�s sem regra. (...) Acho que voc� tem que respeitar democraticamente. N�o concordo com processos de anistia que parecem sancionar o ferimento da legalidade."

Suporte federal

De acordo com a presidente, o governo federal participou "ativamente" de todas as opera��es nas quais o Ex�rcito atuou com a For�a Nacional de Seguran�a, como acontece na Bahia. Segundo ela, o governo continuar� a dar suporte aos governadores quando eles solicitarem.

"O governo federal prontamente vai agir em apoio aos governadores sempre quando eles pe�am. N�o podemos entrar sem a solicita��o do governo. Em os governos solicitando, como ocorreu no Maranh�o, no Cear�, n�s teremos a presen�a garantida do governo federal", afirmou.

A presidente afirmou ainda aguardar com "expectativa" o fim da greve dos policiais militares na Bahia. Nesta quinta (9), os grevistas que ocupavam a Assembleia Legislativa da Bahia deixaram o pr�dio e passaram a discutir o fim do movimento.

"Estamos num momento especial do Brasil. � importante que, mais uma vez, formas democr�ticas de solu��o desse tipo de conflito sejam aquelas que de fato v�o ser implementadas", disse.







Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir