Categoria Geral  Noticia Atualizada em 05-03-2012

Juíza aguarda testemunhas para iniciar audiência do caso Juan
Por volta das 14h15 desta segunda, quatro delas ainda não tinham chegado. Audiência estava marcada para as 13h, na 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu.
Juíza aguarda testemunhas para iniciar audiência do caso Juan
Foto: g1.globo.com

A juíza Larissa Sally aguarda a chegada de quatro testemunhas de acusação para iniciar a segunda audiência do caso do menino Juan Moraes, morto em junho do ano passado. A audiência estava marcada para começar às 13h, mas por volta das 14h15 ainda não havia começado. As testemunhas serão ouvidas na 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

De acordo com informações do cartório da 4ª Vara Criminal, promotores de Justiça foram nesta tarde à comunidade Danon buscar as testemunhas.

No dia 24 de janeiro, o jovem que sobreviveu à ação em que o menino Juan foi morto prestou depoimento. Antes de começar a depor, ele pediu que os quatro policiais militares acusados de homicídio, ocultação de cadáver e tentativa de homicídio, deixassem o tribunal.

De chapéu preto e óculos escuros, na tentativa de evitar ser reconhecido, o jovem alegou ter medo do que os policiais militares possam fazer contra ele, devido ao episódio, ocorrido na Favela Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Atualmente ele está no programa de proteção a testemunhas, assim como o irmão de Juan, que também foi ferido.

Investigações indicaram que não houve confronto

Na noite do dia 20 de junho, segundo investigações da polícia, Juan vinha da casa de um amigo com o irmão, de 14 anos, quando foi atingido durante um tiroteio na Favela Danon. O irmão e outro jovem, de 19 anos, também ficaram feridos. A reconstituição do caso foi feita no dia 8 de julho, dois dias após a chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, confirmar a morte do menino. Na ocasião, as provas indicaram que não houve confronto na comunidade, como afirmavam os réus em sua defesa.

No dia 15 de setembro, o MP-RJ denunciou os PMs por dois homicídios duplamente qualificados (a morte do menino Juan e de um suposto traficante), duas tentativas de homicídio duplamente qualificado (do irmão de Juan, e do jovem de 19 anos) e ocultação de cadáver de Juan.

O corpo de Juan chegou a ser exumado em 17 de agosto, a pedido da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, que tinha dúvidas sobre a identificação, uma vez que a primeira perícia identificou o corpo como sendo o de uma menina. Mas a nova perícia confirmou que o cadáver era de Juan. Somente no dia 28 de outubro o corpo do menino Juan foi novamente enterrado no Cemitério de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.



Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir