Maria Vicentina Pereira diz que conversa com filho de Eike Batista foi muito bacana
Foto: noticias.r7.com A tia de Wanderson Pereira dos Santos, 30 anos, Maria Vicentina Pereira, e a mulher dele, Cristina dos Santos Gonçalves, se encontraram com Thor Batista, 20 anos, filho do empresário Eike Batista, na última quinta-feira (22), no escritório do jovem, no centro do Rio de Janeiro. O ajudante de caminhão foi atropelado pelo jovem quando passava pela rodovia Washington Luís no último sábado (17). De acordo com Maria Vicentina, eles se abraçaram e não tocaram em assunto sobre indenização.
- Foi muito bacana. Não conversamos sobre indenização, foi só um apoio emocional mesmo.
Maria Vicentina não quis falar muito sobre o encontro e disse que os esclarecimentos estão concentrados com o advogado da família, Cléber Carvalho. Ela disse que os parentes não estão organizando missa de 7º dia em memória de Wanderson e que não tem nenhuma informação sobre a celebração que está sendo organizada pela ex-modelo Luma de Oliveira, mãe de Thor.
Nesta sexta-feira (23), o irmão de Luma, Mem de Oliveira, disse que a ex-modelo pretende marcar uma missa para celebrar uma semana da morte do ciclista atropelado pelo filho. Segundo ele, Luma se encontrou com um padre amigo da família para agendar a cerimônia. Ainda não há local definido, nem horário.
Segundo Mem de Oliveira, Luma quer se aproximar da família de Wanderson e ampará-la espiritualmente. O irmão da ex-modelo disse também que ela continua muito abalada.
Concer instala câmeras no local do acidente
A Concer (concessionária que administra a rodovia Rio-Juiz de Fora), local onde o filho do empresário Eike Batista atropelou e matou o ajudante de caminhão no último sábado, está instalando câmeras de monitoramento no trecho onde ocorreu o acidente. Segundo a assessoria da empresa, a instalação já estava programada desde agosto do ano passado, início do Programa Rodovia Inteligente, aprovado pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
Segundo a Concer, a instalação de duas câmeras entre os quilômetros 101 e 102 da Rio-Juiz de Fora, mesmo trecho do atropelamento, aconteceu coincidentemente na mesma semana do acidente. Mais de 70 câmeras serão instaladas em todo o trecho da BR-040, 34 delas até o fim deste ano, além de painéis de mensagens variáveis e sistemas de sensoriamento meteorológico. As imagens são gravadas.
A Concer informou ainda que 15 câmeras já funcionam na rodovia, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, desde 2005.
Família da vítima quer acordo com Thor
Um dia após a Polícia Civil ter afirmado que Wanderson estava na pista e não no acostamento quando foi atropelado por Thor, o advogado da vítima disse na quinta-feira (22) que trabalha por um acordo entre as partes.
Segundo o advogado da família do ciclista, Cléber Carvalho, representantes de Thor procuraram a família de Wanderson para agendar um encontro e discutir o caso.
- Se houver a possibilidade de conversar olho no olho e chegar a um acordo, muito da tensão que aconteceu em função da tragédia se dilui.
Logo após o acidente, quando a família alegava que o ciclista havia sido atingido no acostamento e que Thor estava acima do limite de velocidade permitido, de 110 km/h, o advogado chegou a defender que o filho de Eike fosse indiciado por homicídio doloso, com intenção de matar.
Na quarta-feira (21), o delegado descartou a hipótese de o acidente ter ocorrido no acostamento e afirmou que Thor só será responsabilizado se a perícia, a ser concluída de 15 a 30 dias, comprovar que trafegava acima da velocidade permitida. Se estiver abaixo desse limite, o inquérito será arquivado e o ciclista será considerado responsável pela própria morte.
Também na quarta-feira, após depor à Polícia Civil, Thor afirmou respeitar a dor causada à família da vítima e estar disposto a indenizar a família.
Ainda de acordo com o advogado, o "fato de Thor ter mencionado o respeito à dor da família já diminuiu essa tensão. Thor está sofrendo também, é um trauma que vai levar para sempre. Ninguém passa por uma tragédia dessa sem se abalar".
Questionado se o ciclista estava na pista, como afirma a polícia, ou no acostamento, como alegou a família, o advogado disse que vai aguardar o fim da investigação.
- Vamos acompanhar o inquérito, o importante agora é que eles digam um para o outro o quanto estão sofrendo.
O advogado está calculando a indenização que pedirá a Thor, com base na renda de Wanderson, que era ajudante de caminhoneiro e usava o dinheiro para auxiliar a família.
- Estamos avaliando as variáveis para chegar ao valor.
Fonte: noticias.r7.com
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