|
Polícia divulga imagens de dinheiro apreendido na casa de prefeito, no sul do ES
|
PF achou R$ 240 mil em propriedades do prefeito de Presidente Kennedy.
28 detidos foram levados para Centros de Detenção Provisória de Vitória.
Foto: g1.globo.com A Polícia Federal divulgou imagens da quantidade de dinheiro apreendida na casa do prefeito de Presidente Kennedy, no Litoral Sul do Espírito Santo, na manhã desta quinta-feira (19), após a Operação Lee Oswald. Reginaldo Quinta e mais 27 pessoas foram presos suspeitos de desvio milionário de dinheiro. Ao todo, cerca de R$ 240 mil foram apreendidos nas propriedades do político, e só na casa do prefeito foram encontrados R$ 20 mil. A prefeitura ficou sem comando durante a tarde desta quinta-feira.
O vice-prefeito da cidade, Edson Nogueira, passou o dia em Vitória e disse que não foi comunicado se vai ou não assumir a administração. A assessoria de Quina informou ao G1 que não tem informações para repassar à imprensa. O município, segundo a polícia, é o que mais recebe créditos em royalties do estado, com quase 20% de todo o valor recebido pelo Espírito Santo.
De acordo com a Polícia Federal, durante a operação, também foram apreendidos R$ 100 mil em um posto de combustíveis investigado. Reginaldo e os 27 presos na Operação Lee Oswald, realizaram exames no Departamento Médico Legal (DML) e foram encaminhados para Centros de Detenção na Grande Vitória. Eles foram submetidos a exames para comprovar que não sofreram lesões durante a prisão. Além do prefeito, quatro vereadores também tiveram os mandatos suspensos por suspeita de envolvimento no esquema.
Três das mulheres presas na operação, foram liberadas no final da tarde desta quinta-feira (19) pelo desembargador Pedro Valls Feu Rosa, a pedido do Ministério Público Estadual. No pedido de liberação, o representante do MP-ES alegou que as mulheres resolveram colaborar com a Justiça.
Segundo o superintendente da Polícia Federal, Erivelton Leão, em um terreno de Presidente Kennedy deveria haver uma empresa que ganhou R$ 1 milhão para prestar serviços para escolas do municípios, mas no local não há nenhum estabelecimento. "Houve uma alteração contratual dias antes da licitação para que pudessem participar e ganhar a licitação", disse. Também está sob suspeita o contrato com uma seguradora contratada para o recolhimento do lixo do município, que ganhou R$ 6 milhões.
De acordo com a Polícia Federal, o município de Presidente Kennedy é o que mais recebe créditos em royalties do estado, com quase 20% de todo o valor recebido pelo Espírito Santo, o que permite que o PIB per capita alcance padrões superiores aos de países desenvolvidos. Mas, o município tem a pior colocação ranking educacional no estado e apresenta o quarto pior índice de desenvolvimento humano entre as cidades capixabas, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PUND. Há suspeitas deste dinheiro também ter sido desviado.
Entenda o caso
Reginaldo dos Santos Quinta, foi preso durante operação da Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (19) pela suspeita de desviar cerca de R$ 50 milhões dos cofres públicos. Outras 27 pessoas também foram presas na operação, batizada de "Lee Oswald" (nome do assassino do ex-presidente norte-americano John Kennedy), que cumpriu 79 mandados judiciais, sendo 51 de busca e apreensão, além de 13 mandados de prisões preventivas e 15 de prisões temporárias.
Segundo a Polícia Federal, o prefeito é líder de uma quadrilha responsável por fraudes em licitações, superfaturamentos, desvio de verbas, além de pagamentos indevidos em contratos de serviços e compra de materiais no Espírito Santo. De acordo com a polícia, os recursos municipais eram desviados para os membros da quadrilha. As licitações eram montadas a partir de editais que restringiam a concorrência e eram direcionadas para grupos econômicos previamente escolhidos, que simulavam legalidade do processo. Foi identificado, até o momento, o desvio de cerca de R$ 50 milhões.
Envolvidos
A quadrilha era formada pela sobrinha do prefeito, que acumulava a chefia de três secretarias municipais, além do procurador geral do município, integrantes da comissão de licitação, empresários e dois policiais militares, sendo um deles o Comandante da Guarda Municipal. Um membro da executiva estadual do partido político do prefeito também participava do esquema criminoso.
Segundo a Polícia Federal, os envolvidos poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa, prevaricação, peculato, falsidade ideológica, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, além de crimes específicos previsto na Lei de Licitações (lei 8.666/93).
Fonte: g1.globo.com
|
|
Por:
Maratimba.com |
Imprimir
|
|
|
|