Categoria Geral  Noticia Atualizada em 11-05-2012

“Trará paz social”, diz capitão da PM sobre fechamento de bares às 23h
Audiência realizada nesta 6ª feira (11) reuniu donos de bares e PM. Para os comerciantes, medida causará desemprego.
“Trará paz social”, diz capitão da PM sobre fechamento de bares às 23h
Foto: g1.globo.com

Uma audiência na Câmara de Vereadores de Sorocaba (SP) reuniu nesta sexta-feira (11) donos de bares, parlamentares e Polícia Militar para discutir a lei que determina o fechamento de bares e lanchonetes às 23h na cidade, aprovada em abril.

A Polícia Militar afirma que a medida irá diminuir os índices de criminalidade. "O número de ocorrências causadas pelo uso de álcool, como acidentes e violência doméstica, vai diminuir", afirmou o capitão do 7º Batalhão da Polícia Militar, Vanclei Franci, durante uso da plenária.

Já para o Sindicato dos Empregados de Bares, Hotéis, Restaurantes e Similares, a medida causa desemprego e pode ter reflexo em atividades ilícitas de geração de renda. "Sem emprego, muitos podem recorrer ao tráfico, por exemplo. Temos que nos adequar a lei, mas não é diminuindo horário de funcionamento que o problema será solucionado", afirma Edison Varaldo, proprietário de bar e membro do sindicato.

Para o vereador Rozendo de Oliveira (PV), presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, o fechamento às 23h não basta. "Bar não é fator de violência. Quem quer beber encontra uma maneira, mesmo com os bares fechados", comentou o vereador durante a audiência. O vereador Francisco França (PT) complementa dizendo que, em pesquisa, nenhum fator comprovou a diminuição da criminalidade em municípios que adotaram a medida. "Apenas em Diadema (SP) foi registrada a diminuição, mas lá a realidade era outra. Houve ações conjuntas".

A lei foi aprovada por unanimidade na Câmara no último dia 17. A medida passa a valer em 90 dias após a aprovação. Segundo a assessoria de imprensa da Câmara Municipal, as propostas apresentadas na audiência desta sexta-feira serão estudadas para possíveis emendas na lei.



Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir