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A DANÇA DOS FAMOSOS
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Assistindo ao filme “O Milagre de Ann Sullivan, que conta a história da vida de Hellen Keller, norte-americana que nasceu cega, surda e tartamuda. Por Luiz Antônio Damasceno Assistindo ao filme "O Milagre de Ann Sullivan, que conta a história da vida de Hellen Keller, norte-americana que nasceu cega, surda e tartamuda. Muito me chamou a atenção o relacionamento de Hellen com a governanta Ann Sullivan (no desempenho também de professora, enfermeira,orientadora e pedagoga), visto que esta,independente dos problemas de Hellen, com dureza e, tratando-a com naturalidade e bastante disciplina, conseguiu mudar o comportamento agressivo e antissocial de Hellen. E é a respeito da disciplina, que pretendo falar hoje. Pois, sou professor já há algumas décadas e tenho observado como que, a cada ano, a disciplina na Escola, tem caído. E a que se deve esse afrouxamento da disciplina? A situação é preocupante e exige mudanças para que, pelo menos, os educadores possam desempenhar o seu trabalho com segurança e eficiência. Dentro desse quadro também muito se tem observado o descaso e o desinteresse dos educandos, por mais bem preparado que seja o professor e utilizando os mais sofisticados recursos tecnológicos. Não se tem uma reação positiva por parte dos alunos, que têm se comportado como alienados, apáticos e distantes, quando não estão praticando atos de indisciplina gerando momentos conflituosos. Pois, não há uma receptividade e socialização dos conteúdos ministrados, momento em que se faz valer o pensamento de Galileu: " Só se ensina algo a alguém se este o autorizar." Entendo que a disciplina começa no lar, onde pressupõe possa ser a primeira Escola para todos os seres humanos, no seio da família, sem máscaras, sem chantagem emocional, pais equilibrados e com moral deveriam impor limites a seus filhos, desenvolvendo neles valores positivos para que possam ser estendidos a outros segmentos e a outros contextos dos quais seus filhos venham a fazer parte. Infelizmente, não tem acontecido dessa forma, o que temos assistido é a uma grande inversão de valores a qual tem contribuído para despejar nas Escolas alunos totalmente desprovidos das regras do bem-viver, demonstrando atitudes de desrespeito, de desvalorização do ser humano, quebrando regras e gerando conflito nos grupos em que estão envolvidos. As Escolas, ultimamente, têm enfrentado e vivido um verdadeiro caos. Interessante que observando, já há algum tempo um programa de televisão exibido aos domingos, por uma das emissoras que monopoliza esta mídia no Brasil, em um de seus quadros apresenta "A dança dos famosos". Pude assistir a dois domingos seguidos este programa e procurei entender como funciona. É feita uma seletiva de famosos em diversas áreas oriundos das telenovelas, dos esportes, dos programas humorísticos, do teatro, dos esportes, do jornalismo e outros afins. Eles podem ser famosos no desempenho de suas atividades, terem todo talento, já serem premiados, terem atingido a performance. Mas, ao se inscrever e ser selecionado para participar da dança, ele se torna um aprendiz e tem de se submeter ao seu instrutor ou preceptor, a sua fama cai por terra no programa, caso ele não saiba dançar ou precise se aperfeiçoar na dança. E o que acontece? O instrutor impõe a sua disciplina. E o aprendiz, deixa de lado todo o sucesso e a fama que já possui e, acata as orientações do instrutor com respeito e total submissão. Dessa forma se chega a um consenso e o aprendiz assimila a dança e a culminância é um belo e eficiente aprendizado tudo porque uma disciplina foi imposta, praticada e necessária. À semelhança de "A dança dos famosos" é o que se precisa fazer nas Escolas na atualidade, mas para que, de fato, venha a funcionar é necessário de que não haja intervenção de outros setores, que despreparados e por desconhecerem o que se passa no âmbito escolar, em vez de ajudar, acabam atrapalhando, deseducando e trazendo outros problemas. É o que eu tenho visto, muito de perto e com frequência, no meu local de trabalho. Com disciplina é preciso aprender a dançar para não dançar na vida. Fonte: O Autor
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| Por: Luiz Antônio Damasceno | Imprimir |
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