Categoria Geral  Noticia Atualizada em 22-05-2012

Famílias se negam a deixar casas inundadas pela cheia, diz Defesa Civil
Segundo Defesa Civil, 8 em cada 10 famílias preferem ficar nos alagados. Rio Negro subiu 3cm e mede 29,90m. Subida deixa autoridades em alerta.
Famílias se negam a deixar casas inundadas pela cheia, diz Defesa Civil
Foto: g1.globo.com

O rio Negro subiu, nesta terça-feira (22), mais 3cm e o nível chegou a 29,90m. A informação é da Superintendência de Navegação, Portos e Hidrovias do Amazonas (SNPH-AM), responsável pela medição do rio. A cheia do rio Negro preocupa a Defesa Civil Municipal, que já identificou 16 áreas alagadas em Manaus e 7 mil famílias morando em áreas submersas.

O trabalho de remoção das famílias é difícil, explicou o chefe de operações da defesa Civil Municipal, Cláudio Belém,pois, segundo ele, 8 em cada 10 famílias se negam a deixar suas casas, por medo de ter o imóvel invadido ou de perder benefícios sociais. Elas preferem ficar dentro das casas alagadas, correndo o risco de contrair doenças ou ser vítimas de animais peçonhentos trazidos pelas águas.

"Maioria das áreas alagadas receberão as melhorias do Prosamim (Programa Social de Saneamento dos Igarapés de Manaus), por isso, as pessoas não querem deixar as casas submersas por medo de não serem beneficiadas", disse Cláudio. "Nós explicamos que, com o cadastro da Defesa Civil, a família tem o imóvel garantido e seus benefícios sociais assegurados. Mas elas insistem em preferem ficar".

Os bairros mais afetados pela cheia do rio Negro são o São Raimundo e Glória, banhados pelo Igarapé do São Raimundo, Comunidade do Bariri, no Presidente Vargas, banhada pelo Igarapé do Franco, e Raiz e Educandos, banhados pela Bacia do Quarenta, que está represada pelas águas do Rio Negro.

Cheia histórica

Na quarta-feira (16), o nível do rio Negro bateu o recorde da maior cheia registrada no Amazonas. A cota chegou a 29,78 m, superando em 1cm a cota registrada em 2009, quando o nível do rio chegou a 29,77 m, o maior registro até então. Este é o maior índice dos últimos 110 anos, quando a medição começou.









Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir