Categoria Pop & Art  Noticia Atualizada em 29-05-2012

Ator de Tropa de Elite pretende processar clínica na Baixada Fluminense onde pai morreu
"Não me deram nenhuma explicação até agora. Vão me dar no tribunal", diz Sandro Rocha
Ator de Tropa de Elite pretende processar clínica  na Baixada Fluminense onde pai morreu
Foto: diversao.terra.com.br

O ator Sandro Rocha, que participou do filme Tropa de Elite, informou nesta terça-feira (29) que ainda não recebeu nenhuma explicação da clínica Teresinha de Jesus, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, sobre a demora nos procedimentos que resultou na morte de seu pai, Evandro Pereira Rocha, de 71 anos, no sábado (26). Sandro disse que vai entrar com processo contra a clínica, o médico que atendeu o pai, o plano de saúde Geap e o hospital Hscor, em Ipanema, zona sul do Rio.

De acordo com o ator, a clínica ligou para ele cinco minutos antes de participar do programa Balanço Geral, do Wagner Montes, na segunda-feira (28), para convidá-lo a ir até São João de Meriti conversar com uma assistente social.

— Eu queria que eles fizessem isso no sábado quando fui internar meu pai. Depois que a bomba estourou é que eles vieram atrás de mim. E eles não agendaram visita nenhuma, só convidaram para uma conversa que eu não tive interesse em ir. Não me deram nenhuma explicação até agora. Vão me dar no tribunal.

A direção da clínica informou que só irá se pronunciar sobre o caso após fazer uma reunião com o ator.

Para Sandro, também houve negligência do hospital Hscor, onde o pai fez os exames. No local foi constatado que o pai tinha 80% das artérias entupidas e, mesmo assim, foi transferido de volta para a clínica na baixada. Ele também quer saber se houve demora na autorização do plano de saúde para realizar os exames.

Eu tenho o exame e o laudo comigo. Diante dos resultados eles [médicos do hospital Hscor] tinham que operar meu pai, mas eles o removeram de volta para o CTI em São João de Meriti. Vou arrolar todos eles: Geap, Hscor, clínica Teresinha de Jesus e o médico que me garantiu a vida do meu pai. Vou citar os quatro no processo.

O pai de Sandro deu entrada na clínica no dia 16 de maio com um quadro de infarto e o cateterismo só foi agendado para o dia 24. Logo após a chegada à unidade, médicos informaram que para fazer o procedimento era necessário passar por um processo burocrático com o plano de saúde e não havia vaga em outro hospital. Ainda segundo Rocha, o cateterismo foi feito somente na última quinta-feira (24), no Hscor e mesmo com o resultado grave, nada foi feito por ele.

Segundo Sandro, o pior é sentir que o pai poderia estar bem, se tivesse sido operado.

— O que mais dói é saber que meu pai poderia estar operado há quatro dias. Cateterismo é o primeiro procedimento que tem que ser feito quando uma pessoa enfarta para descobrir o grau da lesão. Eu quero dar voz a este problema porque ninguém tem noção da quantidade de pessoas que já passaram por isso.

O corpo de Evandro foi enterrado domingo (27) no cemitério do Caju, zona portuária do Rio.

Fonte: r7.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir