Categoria Ci�ncia e Sa�de  Noticia Atualizada em 31-05-2012

Cientistas "curam" paralisia nas pernas de roedores, diz pesquisa
Bra�o rob�tico e inje��es na medula reativaram os movimentos. N�o h� comprova��o que m�todo usado funciona em humanos.
Cientistas
Foto: g1.globo.com

Camundongos com les�es na medula espinhal e com paralisia das pernas conseguiram andar e mesmo correr gra�as a um experimento realizado pela Escola Polit�cnica Federal de Lausanne (EPFL, na sigla em franc�s), na Su��a. O estudo foi publicado nessa quinta-feira (31) na revista cient�fica "Science".

A medula � a parte do nosso sistema nervoso central que transporta as informa��es de sensibilidade, movimento, controle do intestino e bexiga do c�rebro ao resto do corpo e vice-versa. Parte dela fica protegida na coluna vertebral. Quando acontece alguma les�o nessa estrutura �ssea, parte desses est�mulos � interrompida e, como consequ�ncia, pode haver a perda de movimentos de membros inferiores e superiores.

Por meio de inje��es que estimularam os neur�nios respons�veis pelos movimentos, seguidas de estimula��o eletroqu�mica e por testes com um bra�o mec�nico que ajudava os camundongos a caminhar, os cientistas conseguiram fazer os roedores voltaram a andar e fazer movimentos mais complexos, explica o autor do estudo Gr�goire Courtine, da EPFL, chama de "c�rebro espinhal" acordado.

"Depois de duas semanas de neuroreabilita��o com uma combina��o de armadura rob�tica e estimula��o eletro-qu�mica, nossos camundongos n�o estavam somente come�ando a andar, mas andando em marcha e logo come�aram a correr, subir escadas e pular obst�culos", disse Courtine.

A partir dessa observa��o, a pesquisa da EPFL sugere que, dentro de certas condi��es, a recupera��o podem ocorrer at� em casos de les�es severas.

Para fazer isso, a equipe de Courtine injetou uma solu��o qu�mica nas veias dos camundongos que desencadeou respostas celulares, como a liga��o da dopamina, adrenalina e receptores de serotonina localizados nos neur�nios. Esse coquetel agiu para excitar neur�nios prontos para coordenar o movimento inferior do corpo.

Depois de cinco a dez minutos da inje��o, os cientistas estimularam eletronicamente a medula espinhal com eletrodos implantados em uma camada exterior do canal espinhal chamado espa�o epidural.

"Essa estimula��o do espa�o epidural envia sinais el�tricos cont�nuos entre as fibras dos nervos para quimicamente excitar os neur�nios que controlam o movimento da perna", explicou Rubia van den Brand, uma das autoras do estudo.

Outro teste, baseado em uma experi�ncia anterior, trocou antigas esteiras, por um dispositivo rob�tico que dava a sensa��o de equil�brio aos roedores sem os movimentos das pernas.

O resultado de uma rotina de treinos ativa com o dispositivo foi surpreendente: houve um crescimento das fibras nervosas no c�rebro e na medula espinhal, o que contribuiu para que os camundongos voltassem a se movimentar.

"O que eles consideravam como um treinamento baseado na for�a de vontade foi traduzido em um aumento de quatro vezes nas fibras nervosas do c�rebro e na espinha, que comprova o enorme potencial de neuroplasticidade mesmo ap�s a les�o grave do sistema nervoso central", disse Janine Heutschi, outra autora do estudo.

Segundo os estudiosos, no entanto, ainda n�o h� comprova��o de que o m�todo usado funcionaria em humanos.



Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir