Categoria Meio ambiente  Noticia Atualizada em 14-06-2012

Sebastião Salgado refloresta área no ES e ganha prêmio na Rio+20
Instituto de fotógrafo é responsável por plantar mais de 1,7 milhão árvores. Colatina, Afonso Cláudio e Cachoeiro de Itapemirim foram beneficiados.
Sebastião Salgado refloresta área no ES e ganha prêmio na Rio+20
Foto: g1.globo.com

Mais de 1,7 milhão de árvores foram plantadas para reflorestar parte da Mata Atlântica entre Espírito Santo e Minas Gerais. Por essa iniciativa, o fotografo Sebastião Salgado e sua esposa, Lélia Wanick, vão receber, neste sábado (16), o Prêmio-E na categoria Educação na Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) Rio+20, no Rio de Janeiro.

O Instituto Terra, que é responsável pela palntação, tem capacidade de produzir um milhão de mudas de 100 espécies diferentes de plantas por ano. Essas mudas, em sua maioria, vem para cidades capixabas, como Colatina, Afonso Cláudio e Cachoeiro de Itapemirim, entre outras.

Técnicos agrícolas capixabas ainda participam de um projeto de capacitação oferecido pelo Instituto Terra. Os estudantes aprendem, na prática, como desenvolver a agricultura sustentável. "Nós procuramos integrar a preservação com o lucro", disse o técnico agrícola Clinton Pereira.

Para a analista de educação Gladys Nunes, tanto Minas Gerais quanto o Espírito Santo têm benefícios por meio do instituto. "A gente está em Minas, mas trabalhamos juntos com o Espírito Santo e para o meio ambiente não há fronteiras", explicou Gladys.

O jardineiro Manoel Bernardo Lopes viu toda a mudança, ele trabalha no Instituto Terra desde quando a fazenda era utilizada para a criação de gado. "Para mim ser sustentável é a vida de hoje, porque a gente vive em um ambiente gostoso, com ar bom, vemos muitos pássaros e bichos que já não víamos mais e fogo que sempre víamos por aqui também não tem mais. Ainda vi muitas árvores sendo cortadas aqui. Essa mudança parece até um sonho", afirmou o jardineiro.

Fauna
O analista ambiental Jaeder Lopes Vieira explicou que a fauna também ganha com a preservação."A cobertura vegetal dá suporte para toda a fauna e, com isso, a quantidade de aves e mamíferos aumentaram no local, porque eles têm mais alimentos depois que foi feito o replantio da área", explicou Vieira.

De acordo com o instituto, já foram catalogadas mais de 172 espécies de pássaros do local, seis são de aves ameaçadas de extinção, além de outras 64 espécies de animais terrestres.

O instituto atua desde 1998 na recuperação da Mata Atlântica em uma das regiões que mais sofrem com o impacto da degradação ambiental no Brasil, o Vale do Rio Doce, entre Espírito Santo e Minas Gerais.

Prêmio
O prêmio foi criado para reconhecer iniciativas sustentáveis que se destacaram da Eco-92 até hoje. O instituto atua na recuperação da Mata Atlântica em uma das regiões que mais sofrem com o impacto da degradação ambiental no Brasil, o Vale do Rio Doce, entre Espírito Santo e Minas Gerais. São 710 hectares de área reflorestada.

O solenidade de entrega da primeira edição do Prêmio-E será realizada no dia dia 16 de junho, às 18h, no Forte de Copacabana, como parte do calendário oficial da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir