Categoria Geral  Noticia Atualizada em 21-06-2012

Secretário confirma que número de mortes de mulheres na PB preocupa
Segundo Cláudio Lima índice é maior do que o divulgado por ONG. Ele disse que cerca de 70 mulheres foram mortas em 2012.
Secretário confirma que número de mortes de mulheres na PB preocupa
Foto: g1.globo.com

O secretário de Segurança Pública da Paraíba, Cláudio Lima, falou nesta quinta-feira (21) sobre os casos de assassinatos de mulheres registrados na Paraíba em 2012. Ele contestou números divulgados na quarta-feira (20) pela organização governamental Centro da Mulher 8 de março. De acordo com o Cláudio, a situação é pior do que a divulgada pela ONG, pois até o dia 18 de junho haviam sido registrados pela secretaria 70 homicídios de mulheres.

O Centro da Mulher 8 de março divulgou dados dando conta que 65 mulheres foram assassinadas a até a quarta-feira (20), números que superariam o registrado e todo o ano passado, que foi de 41 mortes. A ONG contabilizou a morte da professora da Universidade Estadual da Paraíba, Briggida Rosely de Azevedo Lourenço e outros dois assassinatos que ocorreram em Cabedelo e Mamanguape. Casos ainda não contados pela secretaria de Segurança.

"Infelizmente os números são piores do que isso. Em 2010 foram 135 crimes, em 2011 foram 146 e neste ano, até o dia 18 de junho foram 70 mulheres", revelou o secretário Cláudio Lima. "Isso não é estatística não, isso é registro", completou. O secretário disse não saber como a ONG chegou aos números que apresentou, mas ressaltou que gostaria de discutir os dados com a entidade. "Para o estado é importante que se divulguem esses números", destacou.

O secretário explicou que o número de mortes vinha em redução, mas entre os meses de maio e junho voltou a crescer. Segundo ele, grande parte desses crimes têm relação com o tráfico de drogas. "Algumas mulheres em razão dos companheiros estarem presos, entram para o tráfico", declarou Cláudio.

O Estado, segundo Cláudio, vem reduzindo o índice geral de homicídios e com isso também haverá uma redução dos casos onde as mulheres são vítimas. "A gente quer um resultado melhor".



Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir