Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 02-07-2012

Sobre a Psicologia Pastoral
"Esperan�a � ouvir a melodia do futuro; f� � dan��-la", Rubem Alves.
Sobre a Psicologia Pastoral

Muitos me perguntam sobre o Doutorado em Psicologia Pastoral. Para fazer o curso primeiro estudei Teologia, depois Mestrado em Filosofia da Religi�o e, posteriormente veio a capacita��o em Psican�lise Cl�nica, que me deu a oportunidade de propor uma tese neste Curso que visa o aconselhamento. Antes de entrar em mais detalhes (deixo isso para quando terminar o texto e entregar � Faculdade de Filosofia e Teologia) um pouco sobre essa disciplina rec�m chegada aos consult�rios e, principalmente, a meu ver, �s comunidades, onde ela realmente se faz necess�ria.

Para vir ao encontro das necessidades de muitas pessoas que sofrem e procuram por ajuda, surgiu a Psicologia Pastoral. Trata-se de uma sub-disciplina da Teologia. Ela resultou do di�logo e da coopera��o entre m�dicos e te�logos. Por ser uma mat�ria nova, suas atribui��es e seu campo de compet�ncia pretendem aplicar conhecimentos e recursos da psico-teol�gicos � pr�tica pastoral.

No mundo globalizado, se faz cada vez mais necess�rio o di�logo interdisciplinar, visando ao bem-estar de todos os homens e do homem como um todo. As pessoas procuram ajuda pastoral nas mais diferentes situa��es de suas vidas. O individualismo e o isolamento s�o marcas de um mundo p�s-moderno, onde tudo est� sujeito �s rela��es, �s leis de mercado, at� mesmo as leis interpessoais. A consequ�ncia � a experi�ncia cada vez maior de solid�o e depress�o, por isso a necessidade de rela��es pessoais aut�nticas � grande.

N�o h� lugar mais terap�utico do que rela��es humanas sadias. O objetivo da Psicologia Pastoral em rela��o � depress�o � mediar o conhecimento teol�gico, n�o s� atrav�s da palavra falada, mas tamb�m do gesto e da postura do conselheiro, de modo que o paciente, sentindo a aten��o e o carinho do conselheiro, tamb�m experimente algo da experi�ncia religiosa.

Segundo Clinebell, a Psicologia Pastoral � a utiliza��o de uma variedade de m�todos de cura para ajudar as pessoas a lidar com seus problemas e crises de uma forma mais conducente e a experimentar a cura de seu quebrantamento.

O desenvolvimento da Psicologia Pastoral.

Podemos esquematizar o desenvolvimento hist�rico da Psicologia em quatro grandes per�odos:

Primeiro per�odo. A psicologia pr�-cient�fica. Conhecimento primitivo e vulgar sobre o comportamento humano.

Segundo per�odo. A psicologia experimental. M�todo de observa��o e coleta que seleciona coisas ou atos que se deseja estudar (geralmente em laborat�rios).

Terceiro per�odo. Era das escolas psicol�gicas. Marcado por opini�es nitidamente diferentes quanto ao que deveria ser a psicologia, distinguindo tr�s problemas: mente versus comportamento; teoria do campo versus atomismo; nativismo versus empirismo.

Quarto Per�odo. Psicologia contempor�nea. Atualmente, ainda que com certo grau de imprecis�o, pode se dizer que a psicologia � uma ci�ncia complexa, que engloba varias id�ias, in�meras correntes e escolas.

A Psicologia Pastoral e a Psican�lise

Em verdade, a Psicologia Pastoral surgiu num momento oportuno, no qual se observa um fracionamento crescente da psicologia em escolas psicoterap�uticas as mais diversas, cada uma com premissas, m�todos e objetivos diferentes. As escolas que mais t�m encontrado resson�ncia nos meios eclesi�sticos e poim�nicos s�o a psican�lise de C. G. Jung, a terapia centrada no paciente de C. Rogers e mais recentemente a logoterapia de V. Frankl.

Para Jung, a atividade psicoterap�utica e a poim�nica n�o se excluem, mas se complementam mutuamente. Tanto a psicologia como a poim�nica s�o tentativas humanas e, por isso mesmo, limitadas para resolver problemas. E n�o ser� com atitudes arrogantes e auto-suficientes de lado a lado que iremos avan�ar na tarefa comum de curar males. Isso n�o significa, por outro lado, diluir diferen�as e deixar de apontar com clareza e objetividade cr�tica as limita��es, as possibilidades e as caracter�sticas de cada uma dessas disciplinas.

Fonte: Reda��o Maratimba.com
 
Por:  Roney Moraes    |      Imprimir