Categoria Meio ambiente  Noticia Atualizada em 05-07-2012

Coreia do Sul anuncia que caçará baleias para fim científico
País aproveitará brecha em moratória da pesca, mas sem apresentar plano. Plano foi divulgado em encontro da Comissão Baleeira Internacional.
Coreia do Sul anuncia que caçará baleias para fim científico
Foto: g1.globo.com

A Coreia do Sul anunciou no início da noite desta quarta-feira (4) um plano que prevê início da caça a baleias com finalidade científica, aproveitando uma exceção prevista na moratória da pesca comercial a mamíferos aquáticos -- o que já é realizado pelo Japão, cuja ação é questionada por ambientalistas.

Durante reunião anual da Comissão Baleeira Internacional (CBI), realizada no Panamá, os delegados sul-coreanos disseram que o país apresentará em breve seus planos sobre a caça ao comitê científico da organização mundial e que não buscavam a aprovação de outras nações para tais ações.

O anúncio provocou reação imediata por parte da Austrália, Nova Zelândia e outros países contrários à caça de baleias. O representante da Coreia do Sul, Park Jeong-seok, disse que seu país apresentará planos "com confiança, boa fé e transparência". "Como membro responsável da comissão, não aceitamos nenhuma proposição categórica e absoluta de que não se deve matar ou capturar baleias", afirmou.

No entanto, os integrantes da delegação sul-coreana não apresentaram números, áreas ou um calendário para a caça científica desses mamíferos aquáticos. Representantes de outros países disseram que a Coreia do Sul tem interesse em capturar exemplares de baleias-minke que vivem no Mar do Japão.

Criação de santuário para proteção fracassou em reunião
A proposta de se criar um santuário para baleias no Atlântico Sul, entre a América do Sul e a África, foi rejeitada durante votação realizada na última segunda-feira (2) durante a reunião da CBI.

Em plenária realizada, 38 países se pronunciaram a favor e 21 governos foram contrários. O apoio favorável foi de 65%, mas a porcentagem necessária para criar a área de proteção era de 75%.

O assunto era um dos principais temas em debate no encontro, que termina nesta semana. O projeto de criar um santuário de proteção às baleias no Atlântico Sul é liderado pelo Brasil e pela Argentina desde 2000.

Além de assumir uma postura conservacionista - após ter permitido a caça em suas águas até 1985 -, o governo brasileiro percebeu que o turismo de observação é um negócio muito mais rentável e gerador de emprego do que a morte do animal.

Há mais de uma década existem impasses entre países que apoiam a exploração de baleias e governos conservacionistas. Conforme votação realizada nesta segunda, os conservacionistas até tiveram a maioria, mas não têm conseguido superar a barreira criada por Japão, Noruega, Islândia e Rússia, acusados, inclusive, de comprar votos de países neutros.

Fonte: g1.globo.com
 
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