Categoria Policia  Noticia Atualizada em 06-07-2012

PF prende ex-cunhado de Cachoeira por ameaças contra procuradora
O ex-cunhado de Carlinhos Cachoeira, Adriano Aprígio de Souza, foi preso na manhã desta sexta-feira em sua casa, em Anápolis (GO).
PF prende ex-cunhado de Cachoeira por ameaças contra procuradora
Foto: midiacon.com.br

De acordo com Raul Alexandre Marques de Souza, delegado da Polícia Federal responsável pelas investigações das ameaças feitas contra a procuradora Léa Batista Oliveira, fortes indícios apontam Souza como autor de um dos e-mails enviados à Léa, que atuou na Operação Monte Carlo.

O ex-cunhado de Cachoeira teve o mandado de prisão preventiva expedido pela 11ª Vara de Justiça Federal de Goiânia (GO). Segundo as investigações, ao menos um dos três e-mails recebidos pela procuradora foi enviado da residência de Souza. Também foi cumprido um mandado de busca e apreensão para equipamentos de mídia e computadores.

Souza foi indiciado na Operação Monte Carlo pela prática dos crimes de quadrilha e de "lavagem" ou ocultação de bens, direitos e valores. Segundo as apurações, ele era o principal testa-de-ferro de Cachoeira na prática dos crimes, tendo disponibilizado o seu nome para ocultar o real patrimônio ilícito do contraventor. Na época, ele chegou a ser preso.

Carlinhos Cachoeira
Acusado de comandar a exploração do jogo ilegal em Goiás, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, em 29 de fevereiro de 2012, oito anos após a divulgação de um vídeo em que Waldomiro Diniz, assessor do então ministro da Casa Civil, José Dirceu, lhe pedia propina. O escândalo culminou na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos e na revelação do suposto esquema de pagamento de parlamentares que ficou conhecido como mensalão.

Escutas telefônicas realizadas durante a investigação da PF apontaram contatos entre Cachoeira e o senador democrata Demóstenes Torres (GO). Ele reagiu dizendo que a violação do seu sigilo telefônico não havia obedecido a critérios legais.

Nos dias seguintes, reportagens dos jornais Folha de S.Paulo e O Globo afirmaram, respectivamente, que o grupo de Cachoeira forneceu telefones antigrampos para políticos, entre eles Demóstenes, e que o senador pediu ao empresário que lhe emprestasse R$ 3 mil em despesas com táxi-aéreo. Na conversa, o democrata ainda vazou informações sobre reuniões reservadas que manteve com representantes dos três Poderes.

Pressionado, Demóstenes pediu afastamento da liderança do DEM no Senado em 27 de março. No dia seguinte, o Psol representou contra o parlamentar no Conselho de Ética e, um dia depois, em 29 de março, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski autorizou a quebra de seu sigilo bancário.

O presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), anunciou em 2 de abril que o partido havia decidido abrir um processo que poderia resultar na expulsão de Demóstenes, que, no dia seguinte, pediu a desfiliação da legenda, encerrando a investigação interna. Mas as denúncias só aumentaram e começaram a atingir outros políticos, agentes públicos e empresas.

Após a publicação de suspeitas de que a construtora Delta, maior recebedora de recursos do governo federal nos últimos três anos, faça parte do esquema de Cachoeira, a empresa anunciou a demissão de um funcionário e uma auditoria. O vazamento das conversas apontam encontros de Cachoeira também com os governadores Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal, e Marconi Perillo (PSDB), de Goiás. Em 19 de abril, o Congresso criou a CPI mista do Cachoeira.

Fonte: noticias.terra.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir