Uma mulher foi morta pelo próprio marido na frente de suas duas netas de dois e cinco anos de idade na noite de quinta-feira (05), no bairro Tabuazeiro, em Vitória.
Foto: folhavitoria.com.br Policiais militares que haviam sido chamados por vizinhos também presenciaram o crime.
Marcas de sangue e um par de sandálias de Roseli dos Reis Neves ficaram na porta da casa onde ela morava com o auxiliar de serviços gerais Diego Ferreira Santos, de 26 anos. "Fizemos o que pudemos e a polícia também fez o que pôde", comentou a aposentada Raquel Araújo.
Uma vizinha disse que a vítima chegou a pedir socorro a ela. "Quando ela podia, olhava pela janela e falava para mim: ‘chama a polícia, pelo amor de Deus, me ajuda’. Eu falava que já tinha ligado e pedia a todo tempo para as crianças irem para o outro quarto porque fiquei com medo de ele fazer alguma coisa com elas", contou a estudante Bianca Rodrigues.
Segundo testemunhas, pouco depois de chegarem e se anunciarem, os policiais decidiram pular o muro. Os PMS chegaram a ver Diego fazendo usando as duas crianças como escudo e esfaqueando a contadora.
Depois de matar Roseli, ele ainda teve a frieza de acender um cigarro e ficar ao lado do corpo dela. "Ele fez menção que abriria o portão, foi para dentro da residência, supostamente para pegar a chave, mas acabou prosseguindo até a cozinha, pegando uma faca e desferindo aproximadamente dez golpes na vítima, que veio a óbito. Infelizmente, o portão estava trancado, aparentemente, por premeditação do acusado e não foi possível adentrar o local. Só após a consumação da execução, arrombamos a residência. Conseguimos fazer a detenção dele e resgatar duas crianças que estavam no local na hora do crime", disse o soldado da PM, Rafael.
Os policiais detiveram o suspeito que, escoltado, teve de ser levado para o Pronto Atendimento da Praia do Suá. "Ele teria supostamente se auto envenenado com uma substância conhecida como chumbinho. Logo após o crime, ele tomou esse veneno, começou a ter problemas gástricos e foi encaminhado ao PA da Praia do Suá", explicou o PM.
Além dos moradores de Tabuazeiro, o crime comoveu até o soldado que ingressou na Polícia Militar neste ano. "São cenas que, infelizmente, pela crueldade e pela frieza, jamais serão apagadas da mente. Uma pessoa fria, cruel, e ardilosa. Ele reiterava que ela deveria morrer porque havia o traído e que ela não sairia dali viva", afirmou o policial.
Fonte: Redação Maratimba.com
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