Categoria Politica  Noticia Atualizada em 10-07-2012

Parlamento do Egito desafia tribunal e militares e se reúne no Cairo
Exército defendeu decisão judicial que fechava assembleia eleita. Presidente decretou sua abertura; Irmandade anunciou marchas de apoio.
Parlamento do Egito desafia tribunal e militares e se reúne no Cairo
Foto: g1.globo.com

O Parlamento do Egito, liderado por islâmicos, reuniu-se nesta terça-feira (10) em um desafio aberto aos generais que dissolveram a Casa no mês passado, em um acontecimento que aumenta a tensão dos políticos com os militares apenas 10 dias após a posse do presidente Mohamed Morsi.

Morsi, o primeiro presidente civil do Egito após seis décadas de regime militar, revogou no domingo a ordem que dissolvera a legislatura. O Parlamento, liderado pela Irmandade Muçulmana, de Morsi, e outros aliados, foi desfeito pelos militares, com base em uma decisão judicial, apenas dias antes da eleição presidencial.

Pouco antes de o presidente do Parlamento, Saad al-Katatni, ter aberto a sessão, os Estados Unidos pediram que os dois lados iniciem conversas para garantir uma transição política tranquila no Egito, um aliado próximo dos EUA durante as três décadas de governo do ex-presidente Hosni Mubarak.

"Eu os convido a reunir-se em acordo com o decreto emitido pelo presidente", disse Katatni, que vem da Irmandade assim como Morsi. "Quero confirmar que o decreto presidencial não viola a Justiça."

A disputa é parte de uma luta mais ampla de poder, que poderá levar anos até se consolidar, e que opõe os islâmicos reprimidos por muito tempo sob o regime Mubarak aos generais que governaram o Egito por seis décadas ao lado do ex-presidente.

O Conselho Militar, que governou o Egito desde a derrubada de Mubarak em 11 de fevereiro de 2011, após manifestações populares, entregou os poderes a Morsi em junho, mas procurou reduzir sua autoridade pouco antes de ele ser eleito.

A Irmandade Muçulmana anunciou marchas de apoio nesta terça-feira em favor das decisões do presidente e do restabelecimento do Parlamento.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir