Categoria Economia  Noticia Atualizada em 12-07-2012

No oitavo corte seguido, BC reduz taxa de juros para 8% ao ano
A economia fraca e a infla��o menor levaram o Banco Central (BC) a reduzir o juro b�sico.
No oitavo corte seguido, BC reduz taxa de juros para 8% ao ano
Foto: www.agorams.com.br/

No oitavo corte seguido, a Selic caiu 0,5 ponto porcentual, para 8% ao ano, novo m�nimo hist�rico da principal refer�ncia dos empr�stimos. Entre economistas, prevalece o consenso de que a taxa cair� mais uma vez em agosto. H�, por�m, diverg�ncia sobre os passos seguintes. Para uma parcela ainda minorit�ria do mercado, as vendas fracas no varejo refor�am a aposta que o movimento pode continuar at� outubro.

Em nota, o BC explicou que a decis�o un�nime do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) foi respaldada pela avalia��o de que "neste momento, permanecem limitados os riscos para a trajet�ria da infla��o".

"At� agora, dada a fragilidade da economia global, a contribui��o do setor externo tem sido desinflacion�ria", diz o comunicado divulgado ap�s o encontro. O texto � id�ntico ao divulgado ap�s a decis�o de 30 de maio.

Queda. Com o corte de ontem, a taxa Selic acumula queda de 4,5 pontos desde que o ciclo de redu��o teve in�cio, em agosto de 2011. O efeito dessa estrat�gia, segundo o pr�prio BC, � percebido com um atraso de pelo menos seis meses na economia. Ou seja, o governo ainda espera o resultado de redu��es anteriores, sem deixar de ampliar a muni��o para tentar acelerar a economia.

A redu��o do juro era amplamente esperada pelo mercado. Em um per�odo de crise externa e economia brasileira que patina, analistas n�o esperavam outra decis�o, especialmente porque o BC tem dito que o Brasil cresce menos que o potencial e n�o h� riscos para a infla��o. Em outras palavras, a economia pode ganhar velocidade sem preocupa��es com os pre�os.

Por enquanto, a previs�o dominante no mercado � de apenas mais um corte, na reuni�o do fim de agosto, para 7,5% ao ano. As apostas de que os juros podem cair ainda mais, no entanto, cresceram nos �ltimos dias.

Varejo. A desacelera��o da economia tem ocorrido especialmente na ind�stria, que deve terminar o ano com crescimento perto de zero. Ontem, por�m, o otimismo com o varejo tamb�m foi colocado em xeque. O IBGE anunciou que as vendas ca�ram 0,8% em maio na compara��o com abril, bem pior que a previs�o do mercado, de alta de 0,5%.

O n�mero deu for�a � corrente que prev� que o ciclo de corte do juro n�o termina em agosto. "Havia percep��o negativa com a produ��o, mas conforto com o varejo. Mas tivemos um sinal contr�rio e o varejo tende a come�ar a pesar mais", disse o economista-chefe do Santander, Maur�cio Molan.

O com�rcio ser� um fator ainda mais importante, explicou o economista, para determinar quando a redu��o do juro terminar�. "Algumas casas t�m alongado o per�odo dos cortes porque acreditam que a conjuntura, que tem piorado, n�o deve reagir t�o r�pido. � nesse contexto que o varejo ganha import�ncia."

O temor � que as incertezas externas contaminem a confian�a do consumidor e a gera��o de emprego e renda no Brasil. Se isso acontecer, o varejo sofrer� diretamente. "O cen�rio internacional ou uma desacelera��o do mercado de trabalho continuam como fontes de risco para o consumo", disse o economista do Ita�, Aur�lio Bicalho, em relat�rio. O banco � um dos que preveem que o juro cair� mais duas vezes: 0,50 ponto em agosto e tamb�m em outubro.

Molan, do Santander, � mais otimista e espera rea��o mais evidente da economia nas pr�ximas semanas. Por isso, explica o economista, o Banco Central deve terminar o ciclo de corte da Selic em agosto.

Fonte: estadao.br.msn.com
 
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