Categoria Educação  Noticia Atualizada em 12-07-2012

ONG em Uberaba, MG, cria "dinheiro" para ajudar na educação de crianças
Alunos juntam "sementinhas do amor" e fazem compras a cada dois meses. Numa escola, os estudantes do primeiro ano têm contato com as cédulas.
ONG em Uberaba, MG, cria
Foto: g1.globo.com

A formação de consumidores mais conscientes é uma preocupação em algumas escolas já nas séries iniciais. Desde cedo os alunos aprendem o valor do dinheiro e também o consumo responsável. Em Uberaba, no Triângulo Mineiro, uma Organização Não-Governamental (ONG) criou uma moeda própria.

O local é coordenado por três professoras voluntárias e recebe doações que fazem a diferença e a educação ensinada é solidária para que as crianças e adolescentes saibam dar valor ao que recebem. "É um pretexto que a gente usa para executar, saber colher os frutos do trabalho, estudo e dedicação deles", explicou a professora Luciana Lima.

Em cada aula, o bom comportamento, a presença e os trabalhos significam acumular valores e também "sementinhas de amor", uma espécie de moeda social como base de troca. A cada dois meses eles podem usá-las para adquirir os produtos doados para a ONG.

E os pequenos compradores juntam as "sementinhas" e vão às compras. "Às vezes eu guardo para comprar na próxima vez e se uma pessoa quer comprar a mesma coisa que eu, vou lá e negocio com ela", contou a estudante Cássia Ribeiro, de 10 anos.

Os alunos do primeiro ano de uma escola de ensino fundamental também já estão em contato com as cédulas representadas no material didático. "A gente recortou o dinheiro na apostila e depois usou para comprar", contou a estudante Maria Sílvio Enout, de seis anos.

Dessa forma, quase sem perceber, eles usam vários conceitos matemáticos e tudo faz parte de um projeto. "A gente procurou mostrar que o dinheiro tem um valor, como que funciona o sistema monetário do país, como fazemos as compras, os cuidados que devemos ter ao comprar para fazer o dinheiro render e ser mais valorizado", explicou a professora Sandra Cristina de Ávila.

Na casa de Cláudia Faria de Melo o cofrinho já é bem usado pelas crianças. "Eles sabem que guardando vão ter uma recompensa depois", contou Cláudia.






Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir