Categoria Ciência e Saúde  Noticia Atualizada em 13-07-2012

Cientistas sul-africanos acham fósseis de ancestral do homem
Fragmentos em rocha podem pertencer a hominídeo encontrado em 2009. Entre as partes descobertas, estão mandíbula, fêmur, costelas e vértebras.
Cientistas sul-africanos acham fósseis de ancestral do homem
Foto: g1.globo.com

Partes do esqueleto de um ancestral humano achadas em uma rocha na África do Sul foram anunciadas nesta sexta-feira (13) por cientistas.

Foi a primeira vez que um achado arqueológico foi comunicado ao vivo pela internet, como forma de atrair a comunidade científica e o público leigo.

Acredita-se que os ossos, incrustados em uma rocha sólida de 1 metro de diâmetro, pertençam ao hominídeo "Karabo", da espécie Australopithecus sediba. O exemplar foi descoberto em 2009 no sítio arqueológico de Malapa, região do país rica em cavernas e explorada desde 1935.

As novas partes foram encontradas nesse mesmo local, por pesquisadores do Instituto Wits para a Evolução Humana, da Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo. Há uma mandíbula, um fêmur (o maior osso do corpo humano, localizado na perna), costelas, vértebras e fragmentos de membros.

Segundo o pesquisador Lee Berger, especialista em paleoantropologia, algumas partes nunca foram vistas de forma tão completas em fósseis de ancestrais humanos. Se elas realmente forem de Karabo, esse será provavelmente o esqueleto de hominídeo mais completo que existe.

O conteúdo da rocha foi examinado por um escaner de tomografia computadorizada e, para um observador leigo, os ossos ficam invisíveis.

Em breve, um espaço deve ser construído no museu Maropeng, que abriga 13 áreas de escavação de fósseis na região, para que o esqueleto possa ser visto ao vivo ou online.

Os australopitecos – do latim australis ("do sul") e do grego pithekos ("macaco") – formam um gênero de vários hominídeos extintos, bastante próximos aos do gênero Homo, ao qual pertence o homem. O Australopithecus sediba (que significa "fonte de água") viveu entre 1,78 milhão e 1,95 milhão de anos.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir