Categoria Ciência e Saúde  Noticia Atualizada em 18-07-2012

OMS diz que arsenal de remédios poderá ajudar a acabar com a Aids
Trinta anos depois da explosão da epidemia de Aids, ainda não foi encontrada uma cura para a doença.
OMS diz que arsenal de remédios poderá ajudar a acabar com a Aids
Foto: capitalnews.com.br

Trinta anos depois da explosão da epidemia de Aids, ainda não foi encontrada uma cura para a doença, mas um crescente arsenal de remédios poderá, algum dia, ajudar a pôr fim a novas infecções, afirmou o diretor do departamento de HIV/Aids da Organização Mundial de Saúde (OMS), Gottfried Hirnschall, em entrevista à agência France Presse durante visita a Washington.

As conquistas nas pesquisas e o progresso em alguns países "demonstram que é possível avançar muito significativamente na ampliação da resposta e inclui começar a pensar na eliminação das novas infecções", disse Hirnschall.

Na segunda (16), os EUA aprovaram a primeira pílula para prevenir contágio do HIV. Resultados de testes apontam que o medicamento Truvada é capaz de reduzir de 44% a 73% o risco da doença em homens homossexuais.

Só em 2010, medicamentos como esses salvaram cerca de 700 mil vidas em todo o mundo, algo "extraordinário" segundo os especialistas.

Os remédios antirretrovirais podem reduzir o risco de que as pessoas infectadas transmitam o vírus e evitar que indivíduos saudáveis sejam infectados por meio de relações sexuais com parceiros soropositivos, apesar de essas novas possibilidades gerarem controvérsias.

A OMS se prepara para lançar neste domingo (22), na Conferência Internacional sobre a Aids, na capital americana, seu primeiro relatório global sobre resistência aos medicamentos anti-HIV em países de baixa e média rendas.

A entidade também planeja diretrizes para a administração de remédios antirretrovirais como prevenção para pessoas saudáveis. A chave é encontrar uma maneira de administrar melhor os últimos avanços, de acordo com Hirnschall
O mundo tem agora 26 antirretrovirais (conhecidos como ARV) no mercado e outros mais em desenvolvimento para o tratamento de pessoas com o HIV, que infectou 60 milhões de pessoas e matou 25 milhões desde o início da epidemia.

"Temos um arsenal bem grande de drogas disponíveis", afirmou Hirnschall, levando em conta que os medicamentos são melhores agora do que costumavam ser são menos tóxicos, mais robustos, menos propensos a desencadear resistência e mais toleráveis" embora ainda não sejam perfeitos explica o cientista.

Os efeitos colaterais continuam sendo uma preocupação e as autoridades estão vigiando cuidadosamente o surgimento de resistências aos remédios. Estudos recentes demonstraram os benefícios potenciais de iniciar o tratamento mais cedo, antes que a carga viral fique muito alta, como uma forma de proteger a saúde das pessoas infetadas e diminuir o risco de transmitir a doença ao parceiro.

Fonte: capitalnews.com.br
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir