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Dono de autoescola, no ES, é preso após "calote" na internet, diz polícia
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Em junho, alunos compraram pacote em site de compras coletivas. Empresário será encaminhado ao Centro de Triagem de Viana.
Foto: g1.globo.com Um empresário de 28 anos foi preso na manhã desta quinta-feira (19), em Vitória. Segundo a polícia, o homem, que estava foragido há um mês, é dono de uma autoescola que fechou as portas após vender um pacote de aulas com desconto em um site de compras coletivas, em junho. Na época, alunos que haviam adquirido o pacote encontraram o prédio do estabelecimento fechado e não conseguiram agendar atendimento. Ainda nesta quinta, o empresário vai prestar depoimento e, segundo o delegado André Cunha, será encaminhado ao Centro de Triagem de Viana, na região Metropolitana do Espírito Santo.
"Com a apresentação dele já foi dada a voz de prisão, já que havia um mandado de prisão preventiva decretado contra ele. Após o interrogatório e todo o procedimento aqui na delegacia, nós vamos encaminhá-lo ao Centro de Triagem de Viana e comunicaremos a Justiça Criminal sobre o cumprimento do mandado expedido pela Vara de Inquéritos Criminais de Vitória", disse o delegado.
Entenda o caso
Alunos de uma autoescola no bairro Maruípe, em Vitória, se surpreenderam no início de junho, ao chegarem ao estabelecimento e encontrarem o prédio fechado. Alguns alunos afirmaram terem comprado um pacote com desconto no site de compras coletivas Peixe Urbano, na tentativa de pagarem mais barato para tirar a primeira habilitação. O Departamento Estadual de Trânsito do estado (Detran) disse que a auto escola Mônaco não está credenciada ao órgão.
Na época, a auto escola não atendeu às ligações realizadas pelo G1. "Chegamos e a secretária disse que não sabia o que estava acontecendo. O local não tem nem placa mais, nem computador, nada. Levaram tudo, inclusive nosso dinheiro", afirmou o aluno Rogério Oliveira. "Algumas pessoas não compraram pelo site, foram direto à auto-escola. Não recebemos nenhuma notícia, simplesmente fecharam as portas. Não sabemos se o site vai se responsabilizar", completou.
No período do episódio, a empresa Peixe Urbano havia informado que "assim que recebeu a primeira informação sobre dificuldade de agendamento, enviou um representante ao local para verificar o que ocorria. Após tomar conhecimento do fechamento do estabelecimento em questão, iniciou imediatamente os procedimentos para cancelamento da oferta e reembolso do valor pago pelos compradores".
Direito do Consumidor
De acordo com o a diretora jurídica do Procon do Espírito Santo, Denise Isaíta, os consumidores prejudicados em casos como este devem procurar a Delegacia do Consumidor ou a Delegacia de Repressão aos Crimes Eletrônicos, Juizado Especial Civil, para buscar a restituição do valores pagos, com correção.
A diretora alertou para a facilidade que as pessoas têm em fazer negócios pela internet. Segundo ela, o consumidor precisar redobrar atenção para fechar o negócio. "Compras coletivas com descontos enormes, problemas maiores ainda. A empresa precisa de idoneidade, não pode apenas capitalizar lucro. O consumidor precisa fazer uma pesquisa sobre a empresa, pegar endereço, telefone e se certificar que outras pessoas ficaram felizes com o produto obtido", finalizou.
Fonte: g1.globo.com
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Por:
Caroline Costa |
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