Último dos 32 geradores da Represa de Três Gargantas foi ativado na terça.
Barragem no rio mais longo da Ásia registrou maior fluxo do ano após cheia.
Foto: g1.globo.com O último dos 32 geradores da hidrelétrica mais poderosa do mundo, inaugurada no centro da China, começou a funcionar esta semana. A gigante e controversa Represa de Três Gargantas, construída no Rio Yangtzé – o mais longo da Ásia, com 6.300 km –, jorra água capaz de gerar 22.500 megawatts, a mesma potência de 15 reatores nucleares.
Por causa das recentes cheias em Pequim, que provocaram perdas significativas e pelo menos cem mortos, a barragem atingiu o maior fluxo do ano. A obra no chamado "Rio Azul", que fica na província de Hubei, tem exatamente o objetivo de reduzir o risco de enchentes na estação das chuvas e armazenar e distribuir água nos períodos de seca, além de suprir a demanda de energia.
A hidrelétrica tem sete vertedouros, por onde passaram na terça-feira (24) 70 mil metros cúbicos de água por segundo, que foram armazenados no reservatório da represa. A meta é reduzir o impacto sobre o curso inferior do rio e guardar no dia a dia pelo menos 26 mil metros cúbicos de água por segundo. Agora, o fluxo de água na saída da barragem está em 43 mil metros cúbicos por segundo.
O projeto da barragem começou em 1993 e a obra entrou em operação em 2003, a um custo de R$ 45,5 bilhões. A construção forçou a mudança de 1,4 milhão de pessoas, razão pela qual tem sido criticada por muitos moradores e especialistas. Em maio do ano passado, Pequim admitiu que a hidrelétrica havia causado uma série de problemas.
Segundo os críticos, o peso do reservatório poderia alterar a geologia central da China, expulsar milhões de habitantes, contaminar a água ao conter a poluição e prejudicar a bacia do Yangtzé, que é atravessada por várias falhas geológicas.
Meta da barragem é reduzir o risco de enchentes e armazenar água no período de seca
Segundo os críticos, peso do reservatório pode afetar a geologia do centro da China
Projeto começou em 2003, custou R$ 45,5 bi e forçou 1,4 milhão de pessoas a saírem
Fonte: g1.globo.com
|