Noticias - Adolescente peruano terá o pênis reconstruído após tiro acidental

Adolescente peruano terá o pênis reconstruído após tiro acidental

Cirurgia de Luis Canelos, de 17 anos, será feita nos EUA em agosto. Médicos acreditam que, no futuro, jovem poderá recuperar fertilidade.
Adolescente peruano terá o pênis reconstruído após tiro acidental

Foto: g1.globo.com

Um adolescente peruano de 17 anos será submetido em agosto a uma complexa cirurgia para reconstrução do pênis nos EUA, após ter disparado acidentalmente uma arma de fogo do pai contra si mesmo aos 9 anos de idade.

Luis Canelos, que vive em uma aldeia rural no Peru, vai viajar até Miami, na Flórida, onde passará pela operação, que lhe dará um novo órgão genital.

Para isso, serão usados a pele do antebraço esquerdo – que, por sua vez, receberá pele da coxa – e os ossos da fíbula – localizada abaixo do joelho – de um cadáver. Uma alternativa seria inserir uma bomba artificial, mas esse método apresenta maior risco de infecção, segundo os médicos.

Também serão desviados alguns nervos, para que o paciente recupere a sensibilidade na região. O adolescente deve ser monitorado por dois dias depois da operação e, no futuro, pode passar por outras que seriam capazes de lhe devolver a fertilidade.

Após o acidente, o menino ficou com apenas parte do testítulo direito, que cresceu normalmente. Isso eliminará, portanto, a necessidade de tratamento com testosterona ou outros hormônios.

O procedimento será realizado no Hospital Infantil Holtz, que pertence à Faculdade de Medicina Miller, da Universidade de Miami. A Fundação Jackson Memorial, que organiza ações de caridade a crianças estrangeiras, está ajudando a arrecadar os R$ 100 mil destinados à cirurgia do jovem, que será feita por três médicos.

O cirurgião plástico e professor na Universidade de Miami Christopher Salgado conheceu Luis em Lima e se propôs a ajudá-lo. O especialista faz, em média, seis operações desse tipo por ano. Ele diz que a cirurgia não vai melhorar apenas o aspecto físico, mas também emocionais do paciente, que deve voltar para casa em setembro.

Fonte: g1.globo.com

Por: Caroline Costa | Imprimir