Categoria Geral  Noticia Atualizada em 27-07-2012

Bandeira da rebelião síria é aberta por militantes na Torre Eiffel
Ponto turístico de Paris foi escolhido para manifestação. Manifestantes protestavam contra regime de Bashar al Assad.
Bandeira da rebelião síria é aberta por militantes na Torre Eiffel
Foto: g1.globo.com

Uma bandeira gigante da rebelião síria foi aberta ao meio-dia desta sexta-feira ao pé da Torre Eiffel, importante ponto turístico de Paris, para "chamar a atenção do mundo para a situação na Síria". A bandeira foi colocada por um pequeno grupo de militantes da associação "França Síria Democracia".

Dois militantes, filhos do general sírio reformado Akil Hashem, que vive nos Estados Unidos, subiram em dois andaimes de obras que eram realizadas no local e abriram a imensa bandeira. Turistas que estavam no local os aplaudiram quando ambos desceram.

Um momento de tensão caracterizou a manifestação quando vigias das obras tentaram retirar a bandeira. Os dois militantes foram detidos para serem interrogados pela polícia, segundo uma fonte próxima à investigação.

"Esta detenção para interrogatórios está relacionada com a queixa da empresa que gerencia a Torre Eiffel por "atentado à atividade comercial e à liberdade de trabalho", informou a fonte.
Um cartaz dos manifestantes dizia: "21.000 mortos, 65.000 desaparecidos, dois milhões de deslocados: estas foram as reformas criminosas prometidas por Bashar al Assad".

"A Torre Eiffel é o símbolo da França. Viemos porque há muitos turistas. É para chamar a atenção do mundo sobre o que acontece na Síria", explicou um militante presente no local, Ibrahim Wetti.

Segundo ele, a bandeira apresentada é a adotada em 1946 durante a independência do país. A bandeira oficial atual foi adotada em 1980.

Ataques

Vários bairros da cidade de Aleppo, a capital econômica da Síria, foram intensamente metralhados por helicópteros das forças oficiais nesta sexta-feira (27), em uma antecipação de uma batalha crucial para o conflito entre as tropas governamentais e grupos rebeldes, que provoca temores de um massacre generalizado.

Os helicópteros concentraram os ataques nos bairros de Salahedin, Azamiyeh, Bustan el-Kasr, Mashad e Sukari, segundo fontes da oposição. Barricadas com sacos de areia, um ônibus atravessado na rua e centros de cuidados médicos de urgência foram instalados em escolas e mesquitas. Vários helicópteros sobrevoavam as casas e metralhavam os imóveis, com moradores em fuga desesperada.

Rebeldes sírios afirmam ter capturado 100 soldados e milicianos durante confrontos em Aleppo, de acordo com um vídeo divulgado por ativistas sírios. Na quinta-feira, a repressão e os combates deixaram 164 mortos, incluindo 84 civis, 43 soldados e 37 rebeldes.



Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Caroline Costa    |      Imprimir