Categoria Ci�ncia e Sa�de  Noticia Atualizada em 30-07-2012

Descoberto cupim-bomba camicase
Membros mais velhos da col�nia carregam subst�ncias t�xicas em "mochilas" que s�o lan�adas sobre inimigos ap�s "explos�o".
Descoberto cupim-bomba camicase
Foto: g1.globo.com

Especialistas belgas encontraram uma nova esp�cie de cupim na Guiana Francesa com uma caracter�stica curiosa e que, at� hoje, nunca havia sido documentada.

� medida que envelhecem e se tornam menos capazes de cumprir as tarefas do dia a dia, os insetos desse grupo come�am a armazenar cristais s�lidos que produzem uma rea��o qu�mica quando misturados com outras secre��es do animal.

Como resultado, seu poder defensivo aumenta, o que lhes confere grande utilidade para a col�nia.

J� se sabia antes que alguns tipos de cupins, para defender sua comunidade, podem literalmente "se explodir", liberando uma enxurrada de produtos qu�micos sobre seus inimigos.

Assim, quando confrontados com uma amea�a � integridade da col�nia, estes cupins cometiam suic�dio para defender seu grupo.

No caso dos cupins da Guiana Francesa, explicam os especialistas, a diferen�a � que cabe aos insetos mais velhos a responsabilidade do "suic�dio coletivo" frente a uma amea�a. Ou seja, tornam-se camicases, ou "cupins-bomba", da col�nia.

Corros�o letal
"Um estudante de gradua��o em meu laborat�rio, Thomas Bourguignon, estava pesquisando a ecologia comunit�ria dos cupins e coletando amostras, quando, de repente, se deparou com algo realmente especial", disse � BBC o professor Yves Roisin, da Universidade Livre de Bruxelas.

Roisin explica que ao romper partes de seu corpo, os cupins da esp�cie Neocapritermes taracua liberam subst�ncias t�xicas que s�o jogadas sobre os invasores, correndo seus corpos.

"As secre��es t�xicos para a defesa s�o normalmente armazenados nas gl�ndulas salivares, mas esta esp�cie transporta uma "mochila" com dois tipos de cristais s�lidos do lado de fora do corpo. Quando o cupim "explode", os dois s�o misturados para produzir uma subst�ncia t�xica mais potente", afirmou Roisin.

Ainda n�o se sabe como esses cupins conseguem sintetizar os cristais. Tamb�m � desconhecido se outras esp�cies deste g�nero desenvolveram um mecanismo semelhante. "H� cerca de cinco ou seis esp�cies deste g�nero, mas at� agora encontramos a presen�a de cristais do lado de fora do corpo apenas da Neocapritermes taracua", disse Roisin. O estudo foi publicado na revista americana "Science".

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir