Categoria Geral  Noticia Atualizada em 01-08-2012

Inquéritos contra Andressa devem ser concluídos no fim do mês, diz MPF
Mulher de Cachoeira é investigada por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. PF tem prazo de 30 dias para enviar apurações ao Ministério Público.
Inquéritos contra Andressa devem ser concluídos no fim do mês, diz MPF
Foto: g1.globo.com

O Ministério Público Federal (MPF) espera concluir os dois inquéritos contra a empresária Andressa Mendonça, 30 anos, até o fim do mês. Mulher do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, ela é investigada por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

A Polícia Federal tem prazo de 30 dias para concluir as investigações. Após os inquéritos serem remetidos ao MPF, os procuradores responsáveis têm dez dias para apresentar denúncia, caso haja provas suficientes.

Segundo o MPF, o delegado federal Raul Alexandre preside o inquérito referente à corrupção ativa, requerido na última sexta-feira (27) devido à suposta tentativa de chantagear o juiz federal Alderico Rocha Santos, magistrado responsável pelo processo da Operação Monte Carlo, que culminou na prisão do contraventor em fevereiro deste ano.

Após o episódio envolvendo o juiz, Andressa passou a ser considerada pelo MPF como "mensageira" do grupo de Carlinhos Cachoeira. Na manhã de segunda-feira (30), ela foi conduzida à sede da PF, em Goiânia, para prestar esclarecimentos sobre a suposta tentativa de chantagem, mas preferiu ficar em silêncio.

Além de cumprir o mandado de condução coercitiva, policiais também apreenderam, na casa de Andressa, celulares e tablets, que serão analisados pela PF. Documentos com a escrita da mulher de Cachoeira também foram levados pelos investigadores, que pretendem comparar a letra dela com a de um bilhete apresentado pelo juiz, onde ela teria escrito nomes de conhecidos do magistrado.

Segundo Rocha Santos, Andressa esteve em sua sala na quinta-feira (26) e disse que havia um dossiê contra ele, envolvendo as pessoas cujos nomes foram escritos no pedaço de papel que ela entregou ao magistrado. De acordo com ofício enviado pelo juiz ao MPF, a tentativa de constrangimento tinha como objetivo "obter decisão revogando a prisão preventiva e absolvição" de Carlinhos Cachoeira. Em troca, o suposto dossiê não seria divulgado pela imprensa.

Quanto à investigação por lavagem de dinheiro, Andressa é suspeita de ter repassado seus dados pessoais para ter o nome usado como laranja do grupo na compra de uma fazenda em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Sobre esse processo, o MPF informou não saber para quem ele foi distribuído.

Fiança
Andressa pagou, na terça-feira (31), uma fiança de R$ 100 mil estipulada pela Justiça Federal para que sua prisão preventiva não seja decretada. Ela está proibida de visitar o marido, preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, ou ter qualquer contato com os demais indiciados pela Operação Monte Carlo. Também está impedida de entrar no prédio da Justiça Federal, em Goiânia. Se desrespeitar qualquer uma dessas restrições, terá a prisão preventiva decretada.

Considerada a "musa" da CPI do Cachoeira, Andressa Mendonça tem depoimento marcado no congresso Nacional para a próxima terça-feira (7). Esperada para o dia 8, a ex-mulher do bicheiro, Andréa Aprígio, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de ficar calada durante sessão da comissão que investiga as relações do contraventor com políticos e empresários.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir