Categoria Policia  Noticia Atualizada em 01-08-2012

Delegado vai a hospital para ouvir suspeito de matar família
Internado, bioquímico tem o direito de se manifestar apenas em juízo. Ele deve ser preso, mas não está descartada internação psiquiátrica.
Delegado vai a hospital para ouvir suspeito de matar família
Foto: g1.globo.com

Responsável pela investigação do assassinato da enfermeira Márcia Calixto Carnetti, de 39 anos, e do filho dela, de cinco, o delegado Cléber dos Santos Lima ouve no final da manhã desta quarta-feira (1), no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, o principal suspeito do crime, marido da mulher e pai da criança. Ele chegou ao local pouco antes das 11h. Também nesta quarta, familiares, amigos e colegas de trabalho de Márcia farão uma manifestação no Centro de Porto Alegre.

"Vamos apurar detalhes que só ele pode dar, por exemplo, se usou algo para dopar as vítimas", disse ao G1 o delegado na chegada ao HPS. O bioquímico de 46 anos está internado desde quarta-feira (25), após pular de uma ponte na BR-290. Segundo a investigação policial, a suspeita é de que ele cometeu o crime e tentou se matar. Mãe e filho foram assassinados a golpes de facas dentro de casa. Os corpos foram encontrado no início da manhã de quinta-feira (26), após familiares que não conseguiam contato com Márcia chamarem a polícia.

O delegado ressalta que o suspeito tem o direito de se manifestar somente em juízo. Ele pede agilidade da equipe da perícia nas análises. "As provas técnicas da pericia ainda devem demorar mais uns 20 dias", projeta Lima.

A tendência é que o suspeito seja levado ao Presído Central, em Porto Alegre, assim que receber alta. No entanto, o delegado não descarta a possibilidade de uma medida para que ele seja internado em um instituto psiquiátrico. "Ele quer se matar, temos de tomar cuidados", salienta.

Com a prisão preventiva decretada, o suspeito foi indiciado por duplo homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e sem dar chances de defesa às vítimas.

A investigação policial aponta que, desconfiado de uma suposta traição, o marido invadiu o e-mail da mulher. Em um dos e-mails, Márcia relata que sofreu duas ameaças do marido e que tentava a separação. O bioquímico também deixou uma série de bilhetes na cena do crime admitindo que sentia ciúmes da mulher.

Ato no centro de Porto Alegre
Para lembrar o recente assassinato, colegas de Márcia, que trabalham na Secretaria Municipal da Saúde, organizam um ato público de repúdio à violência contra a mulher a partir das 12h desta quarta (1), na Praça Montevidéu, no Centro de Porto Alegre. A manifestação deve durar uma hora e será silenciosa, com faixas, cartazes e banners com imagens das vítimas.


Mãe e filho foram encontrados mortos em
casa.




Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir